decabelosempe.blogspot.com de cabelos em pé: agosto 2011

de cabelos em pé

Mais ou menos um diário de opiniões. Nem sempre diário, mas de opiniões sim.

segunda-feira, agosto 29, 2011

29 de Agosto de 2011

Morreu o Paulinho.

O Paulinho, para muitos o Paulo Fernando, desapareceu hoje.

Já há muito que tinha desaparecido das nossas vidas, pelo comportamento errante que "casava" com uma personalidade vincada no que ao pedido de ajuda dizia respeito.


Foi meu colega de carteira na escola das Olaias, num ano lectivo que tinha começado poucos dias antes do seu aniversário, 5 de Novembro.

Nesse ano, a gargalhada era geral. Era um tipo teimoso com um feitio de contrastes, tão depressa fervia em pouca água como era capaz de se rir dele próprio com os disparates que fazia e dizia.


Era um dos que fazia aquele tipo de avarias que podia figurar em qualquer youtube desta vida. Com ele havia sempre alguma coisa para quebrar a monotonia de algum dia de férias no bairro. Passámos muitas tardes nas traseiras da Mira Fernandes com os carros de esferas e na linha do comboio a espalmar pregos para fazer navalhas (tretas:-)


Lembro-me de irmos a pé até ao Triângulo Vermelho,
- Ó Paulinho, essa merda é depois da Luísa Gusmão, é quase em Sapadores pá
- Anda lá que eu tenho que ir curtir com a Sónia e pode ser que esteja lá alguma amiga dela para ti.


Fica tudo na memória, as idas à praia, as expulsões (de nós os dois) das aulas, as idas ás salas de jogos, na Calçada da Picheleira para jogares o do Karaté e ao Émecê para jogar snooker.

Fica tudo pá. Há coisas que não se esquecem.


Há uns anos, quando o revi só o reconheci pela voz, é chocante como alguém da nossa idade fica com aspecto de ter mais dez ou quinze anos. Já não era o Paulinho que jogava no Vitória a defesa direito, fazia aquele corredor todo, cheio de pulmão.


Tanto profissional como desportivamente falando, podias ter tido bastante mais juízo. Tinhas tudo para ser feliz mas há coisas que por muito que se queiram perceber, não se conseguem explicar.

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quarta-feira, agosto 24, 2011

Genericamente falando

Desde sempre que sou frontalmente contra os medicamentos genéricos, pela simples razão de que se devia primeiro obrigar os laboratórios a baixar os preços da amoleci as ao fim de um certo tempo de mercado, como se faz no Japão, por exemplo.

Se os custos da investigação estão pagos, então deviam nessa altura ajustar o preço do medicamento em causa.

Depois existe uma proliferação de cópias a nascerem todos os dias, quais cogumelos que o Infarmed vai autorizando (provavelmente de mãos atadas) porque não legisla.
Alguma razão muito forte deve existir para que o mercado de genéricos não seja 100% abrangente em todas as doenças ou que mesmo a classe medica não concorde com certas moléculas.

Desconheço a qualidade/eficácia de um medicamento genérico com um valor de 4€ a "competir" com o original quatro ou cinco vezes mais caro.

Diz o velho ditado que "sem ovos, não se fazem omeletes".

Pior que tudo isto e muito mais do que preocupante, é a proliferação de políticos/governantes genéricos. Os originais foram saindo cena, fugindo ou simplesmente desligando o motivo de interesse e ficámos com cópias mal feitas numa máquina em que o tambor está riscado e o toner já acabou há muito.

quarta-feira, agosto 17, 2011

Passávamos bem sem dias como o de hoje

Se há más notícias que são autênticos murros no estômago, outras há que nos mandam completamente ao chão.

Foi o que se soube hoje logo pela manhã de um dia cinzento e chuvoso que nos fica a matutar no pensamento.
Passávamos bem por cima do dia de hoje, sem "comos" nem "porquês" mas acima de tudo porque a vida não devia acabar assim, de repente, sem "pressupostos" que nunca serão suficientes...

terça-feira, agosto 09, 2011

Continuo sem perceber mas...

isto é uma coisa minha, que nasci para aviador, de balcão.

Intenção de aumentar o Iva para 25%, certo?
E isto significa o quê? Incentivo ao consumo? Não.
Fuga fiscal? SIM

Redução da taxa social única, certo?
Até aqui eu chego, incentivo à criação de emprego? Pois, está bem abelha, duvido e muito.
Então e onde é que fica a sustentabilidade da Segurança Social no meio disto tudo? Não se sabe, pois não?

Para que serve pagar menos à segurança social se as empresas não produzirem/venderem porque o IVA é o mais alto de sempre?

Pescadinha de rabo na boca?

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Há 4 anos,

foi um grande concerto, num grande dia que só acabou perto das5 da manhã.
Quem é que não se lembra da odisseia das estações de serviço da A1, com filas intermináveis e sem comida?
Chegou hoje, oferta dos colegas de trabalho.
Obrigado:-)

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segunda-feira, agosto 08, 2011

Há pessoas que não deviam aparecer na tv,

pelo simples facto de que o que dizem se torna tão importante como a chuva num qualquer dia de praia.

O fenómeno "Hélio Imaginário", tomou proporções gigantescas e inesperadas para qualquer um dos intervenientes, tendo sido explorado de maneira surpreendente.
Foi uma mistura explosiva de frases, descida alucinante e uma queda daquelas. (ainda hoje lá passei, aquela descida...c'um catano)

Para a minha geração, que teve uma adolescência sem computadores, youtube's ou telemóveis, acabo por achar perfeitamente normal o que se passou naquela Estrada Atlântica.
Ainda ontem comentava com o meu pai, durante uma breve caminhada junto ao cais da Foz do Arelho, o número de máquinas fotográficas que existem. "lembraste que há 25/30 anos era um luxo ter uma e agora...".

O que seria da RTP, se nos anos 80, fossemos para a Alameda andar de skate ou de bicicleta e um de nós estivesse de câmara na mão? E se a Alameda Afonso Henriques era bem pior que a Estrada Atlântica. O horário nobre seria todo nosso:-)
Eu provavelmente, ainda estaria em prisão domiciliaria, por ter partido dois vidros no intervalo de três dias e ainda por cima o segundo foi durante o cumprimento de castigo do primeiro, assim no estilo de uma saída precária, enquanto a minha mãe tinha ido ás compras.
E daquela vez que na estrada entre a rotunda do Areeiro e a Picheleira eu de bicicleta a puxar o Mourão de skate, a coisa correu mal e o Mourão chegou a casa todo esfarrapado?
Será que nos fins de tarde que íamos para os estaleiros de obras das Olaias que na altura não era vedados, mandar pedras uns aos outros, devíamos ter aparecido num telejornal qualquer como protagonistas de uma intifada lusa?
Os pregos que se arranjavam para ir espalmar na linha do comboio de Chelas contam como mais um risco para a nossa integridade física, não contam?
Agora que todos estes crimes já prescreveram, posso confessar que sim, fui eu que disparei uma maçã estragada nos estores da celestina, mesmo quando ela escondida, espreitava enquanto eu despejava o lixo, azar! O tapete que uma vez apareceu a fumegar na escada da dona Elvira também foi da nossa responsabilidade.
Sobrevivemos a tudo e andamos por cá para contar, assim como o Hélio noutro tempo e noutro espaço. Podia ter corrido mal? Podia mas o "correr mal" pode ser a atravessar uma rua em cima da passadeira. E nenhum de nós queria ser herói, até porque não haviam meios de divulgação ao mesmo tempo que não tínhamos plateia, perceberam srs críticos?

Não compreendo como é que temos logo psicólogos a analisar este tipo de coisas e jornalistas a fazerem ligações com outros disparates.

Ontem o meu filho número 2 deu em valente tralho de skate, à semelhança de outros que dei, está com várias marcas ao nível dos joelhos, anca e cotovelos. Três níveis distintos, portanto o meu puto está no nível 3 no que ao skate diz respeito. Quando tiver a minha idade há-de ligar tanto ao skate como eu ligo à Hanna Montana.
Se eu seguir o conselho do psicólogo que apareceu ontem na tv, tenho que lhe dizer baixinho, como quem, não parte um prato, "olha, meu filho, não é a cair do skate que te fazes um herói, percebes?"

Como é que é possível dizer-se que à conta deste vídeo é que um jovem foi tourear carros para o meio da rua?

Não me lixem!

quarta-feira, agosto 03, 2011

2 de Agosto de 2011

Se os pais do Zé e do Tó ainda por cá andassem, ontem (dia 2) teriam feito 78 anos de casados:-)


Ontem, dia 2 de Agosto o Zé teve alta ortopédica, se assim se pode chamar.

"pode largar uma canadiana e em casa pode andar sem nenhuma"

"e conduzir, posso?"

"tem carta de condução? então pode"


Pronto, agora ninguém o segura.

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Não há coincidências nem declarações inocentes,

principalmente vindas do Jorge Nuno.

Ora, se o homem diz que a transferência do Roberto são "milhões da treta", deve referir-se ao facto de este ter sido treinado na época passada pelo homem que já disse que o fair-play é "uma treta".


Há quem diga que a compra do Roberto no verão passado evitou que o "jasus" fosse treinar o fêquêpê...


Se calhar são tudo coincidências...

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