decabelosempe.blogspot.com de cabelos em pé: O Estado não é gordo, sofre de obesidade mórbida

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Mais ou menos um diário de opiniões. Nem sempre diário, mas de opiniões sim.

quinta-feira, abril 11, 2013

O Estado não é gordo, sofre de obesidade mórbida

No domingo estive à porta de um torneio de futsal no polidesportivo do bairro da Madre de Deus.
Não houve jogo, o que é pena porque estava em causa representar o clube de berço e de bairro, o nosso Vitória Clube de Lisboa. Ficou a intenção de não faltarem oportunidades próximas.

Lembrei-me hoje de escrever sobre isto porque anda por aí a circular um a óptima notícia, daquelas que deixa qualquer português em dificuldades financeiras com um rasgado sorriso de orelha a orelha. Parece e digo parece porque casa vez mais sou como o São Tomé, principalmente com estes artigos virais net, parece dizia eu que os partidos políticos portugueses, esse antros de gente inútil da sociedade que tem aulas de postura frente ás câmeras de televisão nos directos, porque nos diferidos a conversa é outra, parece dizia eu que os partidos políticos portugueses não pagam IMI dos seus imóveis e IUC das suas viaturas.

Ora tendo em conta que esta corja de gente licenciada (sabe Deus como) mas cima de tudo mal formada, não deixa os seus créditos por mãos alheias, vivendo e gozando abastadamente em imóveis muitas vezes de luxo, choca. Choca, enoja e torna-se visceral o sentimento que nutro por eles. Quanto aos carros que não paga IUC, recordo as palavras do deputado Francisco Assis, "um dia ainda vão querer que o líder da alçada parlamentar do PS ande de Renault Clio".
É preciso dizer mais alguma coisa para perceber que esta gente gasta o que não tem?

O que é que isto tem de parecido com a possibilidade de jogar à bola pelo VCL na Madre de Deus? Vamos por partes.

Eu estudei durante um ano na escola secundária de Afonso Domingues. Nesse ano lectivo quando ia para ou vinha da escola no autocarro, passava à porta da residência do nerval Ramalho Eanes. Achava piada haver dois polícias permanentemente ali assim a tomar conta do senhor que já não era presidente da república, na realidade já não contava para o totobola.

Passados mais de vinte anos, ali continuam dois polícias e eu pergunto, para quê? Era domingo, ainda não eram nove horas, um fumava tranquilamente, outro falava ao telemóvel.
Pergunto, protecção de um ex-presidente da republica para quê? Estão com medo de quê? Não percebo, não compreendo que se gaste dinheiro desta maneira não está certo.

Vi ontem uma reportagem feita em Lisboa sobre os guarda-nocturnos, continuam a existir. Lembro-me de há vinte e poucos anos estarmos todos na rua à noite a conversar e entre um cigarro e outro lá vinha o guarda-nocturno que depois ficava ali uma hora ou mais connosco.

Será que o Eanes não tem dinheiro para pagar uma quota e colar um autocolante na janela para o guarda-nocturno da Madre de Deus ver se está tudo bem com ele e com a Nelita?

Psst, ó senhores que tratais de contas, orçamentos e coisas dessas dando cabo da vida de todos nós, ide bardamerda.