As extremidades de uma bola que é redonda
Que somos um país de extremo já todos sabemos, ainda mais agora com a crise que toda a gente apregoa, “o-ricos cada vez mai-ricos e os pobres cada vez mai miseráveis” (é assim mesmo que se lê).
Entretanto as extremidades exacerbaram-se no futebol nos últimos anos, muito por causa de um processo com escutas, frutas, apitos, etc.
O domínio do FC Porto fez com que o meu clube fosse relegado para terceiro grande nos últimos anos. A história foi-nos favorável na primeira metade do século e na segunda ao Benfica. Nesta altura torna-se natural e legítimo que os miúdos prefiram ser do Porto porque ganha, do que ser do Benfica ou do Sporting…
As extremidades, extremos enfim, que se atingiram são de tal maneira que ontem dei por comentários destes, “o Cardoso fez ver ao treinador que estava errado”. Acho, tenho quase a certeza que são os mesmos que acharam o Peseiro sem pulso no balneário do Sporting quando numa substituição em pleno estádio das Antas, o mandou “tomar no cú”. Lembram-se? Eu lembro-me também de um exemplo de extremos, na época de 2000/2001, o Benfica despedir o Manuel José e chamar-lhe incompetente. Ironicamente o destino ou alguém no lugar dele, colocaria o Manuel José a treinar a União de Leira que acabaria à frente do ex-patrão na classificação final. Nesse ano o Benfica não se qualificou para as competições europeias, qual é a diferença para agora? Se calhar até existem algumas semelhanças, “ambos os dois” tiveram os seus Vale e Azevedo, não foi?
Voltando ao nome Peseiro, disse a vários amigos benfiquistas, que não ligaram muito, “só espero que o teu Jasus não seja medroso como foi o meu treinador naquela fatídica época de 2004/2005, quando também perdemos tudo numa semana”. Perderam pontos contra o Estoril por falta de pernas, perderam com o FCP porque os tipos nestas alturas não falham e perderam com o Chelsea porque foram incompetentes, não custa assumir. Não há vitórias morais e não devem haver distracções como em Amesterdão e como no Jamor, é verdade.
Uma pessoa inculta não é necessariamente teimosa e orgulhosa mas Jorge Jesus conseguiu juntar todos os defeitos, não sabe falar e não foi resguardado, é teimoso, é vaidoso quando diz que inventou uma ciência no futebol, é medroso mas assume, “pensámos que o 1-0 chegava e defendemos o resultado”. Ó Jorge, a tanto tempo do fim do jogo?
Não tenho duvidas que Luis Filipe Vieira reconduziu o Benfica à estabilidade mas falta-lhe uma pontinha de sabedoria. Devia ter ficado calado quando falou na renovação do treinador, não dois mas mais quatro anos”, agora tem de o engolir e se ficar vai ser uma dor de alma quando começar a época, assim que perder o primeiro ponto.
Ou o presidente é tão teimoso como ele ou ainda o vamos ver a ganhar títulos a norte do Douro…
Para os que me foram deixando mimos durante a época que agora acabou com agoiros de descida de divisão, acreditem que ainda assim fomos “muita” fortes, não descemos e em Agosto iniciamos com vontade a dobrar.
Meus amigos do Benfica, aguentem que isso passa. Acreditem porque em 2005 também me passou e acreditem também que a vossa tristeza não me faz mais feliz do que já sou, ao contrário daquilo que apregoaram durante a época à espera da nossa descida de divisão.
Sou do Sporting, não me interessa o resto.
Beijos e abraços a gosto e se não gostarem já sabem, é sair e apagar a luz antes de fechar a porta.
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