Rock in Chelas II

Como é que foi? Tirando o cheiro a sovaco e os gritos das bandas teve uns intervalos muito bons e uns solos de guitarra jeitosos enquanto a miúda da Disney mudava de roupa.

Ah, também dediquei especial atenção aos bateristas, alguns bons. Amy Mcdonald sim, o resto não mas comparado com os de hoje, ontem foi o céu.

Rock in Chelas

40 anos e pumba, toma lá e vai até à Bela Vista no dia da família, ouvir uns putos a tocar.
Até aí tudo bem, o pior é quando a malta levanta os braços para acompanhar a música com palmas.
Em vez de venderem lanternas a 5€, vendam desodorizantes.
Ao nosso lado está um casalinho que se gaba de vir cá pela terceira ou quarta vez mas faltam-lhes metade dos dentes na boca.
Adoro isto, intercâmbio de culturas.

Farto!

Entristece-me viver num país como o nosso. Este cantinho à beira-mar plantado, republicano, socialista e laico, goza uma tolerância de ponto que numa véspera de sexta-feira calha que nem ginjas. Será altura de o governo acabar com os feriados religiosos como acabou com os crucifixos nas salas de aula?

O mesmo país que no meio desta paz podre, vai levar uma estalada nos impostos. Pior é que desta vez não é só o iva de 20% a subir, parece que os bens de primeira necessidade também podem ver o iva subir.

Até quando é que vamos viver assim? A ouvir falar de aeroporto novo, de tgv's e outras megalomanias com o esforço do zé povinho?

Falando de desporto

Stúdios Luzfoco
Retratos de Arte
Reportagens Fotográficas
Calçada da Picheleira, 164-B
Lisboa

Estamos numa época em que se fala de saudosismo a cada hora do dia.
É tudo comunicação social, seja na tv, rádio, jornais ou mesmo nos facebook's e blog's desta vida.
Quando trocamos mensagens, fotos, piropos ou comentários, também se pode considerar que estamos a fazer comunicação social.

Falar de saudosismo implica necessariamente recordar o bairro onde nasci, cresci, pratiquei desporto, estudei, fiz grandes amizades, perdi outras (poucas felizmente), implica falar da Picheleira e falar do Vitória Clube de Lisboa.

O Vitória era mais que um clube de bairro, era um local de culto no que diz respeito ao convívio, deporto e cultura.

Orgulhosamente ostentava "instituição de utilidade pública", de 11 de Agosto de 1944.
Hoje vive de memórias e subsídios camarários. Não tem futebol, talvez daí venha a explicação da sua (ainda que condenada) existência.

Porém, quando se fala em desporto, lembro-me sempre do meu VCL e do meu pai a fazer ginástica.
Há quarenta anos o meu pai fazia ginástica no Vitória.

Finalmente

Finalmente porque acabou a agonia dos adeptos do Sporting.
Foi longo o sacana do campeonato.
Começou mal logo na pré-época, depois mudou-se de treinador, tudo na mesma e no fim acabou por se contratar um que ficou em sexto lugar. Continuo a dizer que lhe darei o benefício da dúvida a partir do momento que recuperar para o plantel o guarda-redes Stojkovic (é do quadro de pessoal, não é?).
Perdoam-se férias prolongadas ao Liedson, faltas ao Izmailov, comportamentos menos correctos ao Vukcevic e um guarda-redes como deve ser fica de lado sem mais nem menos, pelo menos ninguém sabe de nada a não ser o que se diz à boca fechada (engraçada esta expressão).

Finalmente porque acabou o futebol para mais dois jeitosos, Lucílio Baptista e Paulo Costa (este devia levar o irmão com ele ao som do Duo Ouro Negro - vou levar-te comigo).

Finalmente porque o Portimonense volta a competir na divisão maior do futebol português.

Finalmente porque todos os locais reservados pelos amigos benfiquistas são utilizados. Parabéns a todos os que conheço e hoje sofreram mas não se esqueçam de desinfestar o Marquês de Pombal depois de utilizarem, ok?

É desta que o Belenenses vai ou fica outra vez através da secretaria?

Uma coisa é certa, para o ano não se adivinham melhoras lá para os lados de Alvalade.
Espero estar enganado.

Pontos de vista

Agora classificam-nos o país tal e qual um electrodoméstico.
Classe A+, A-, B+ B-, etc.
Não tarda vamos passar rapidamente de frigorífico a arca congeladora.
Nós que temos um país bem ensolarado e nem precisávamos de gastar tanta energia.