decabelosempe.blogspot.com de cabelos em pé

de cabelos em pé

Mais ou menos um diário de opiniões. Nem sempre diário, mas de opiniões sim.

terça-feira, maio 28, 2013

As extremidades de uma bola que é redonda

Que somos um país de extremo já todos sabemos, ainda mais agora com a crise que toda a gente apregoa, “o-ricos cada vez mai-ricos e os pobres cada vez mai miseráveis” (é assim mesmo que se lê). Entretanto as extremidades exacerbaram-se no futebol nos últimos anos, muito por causa de um processo com escutas, frutas, apitos, etc. O domínio do FC Porto fez com que o meu clube fosse relegado para terceiro grande nos últimos anos. A história foi-nos favorável na primeira metade do século e na segunda ao Benfica. Nesta altura torna-se natural e legítimo que os miúdos prefiram ser do Porto porque ganha, do que ser do Benfica ou do Sporting… As extremidades, extremos enfim, que se atingiram são de tal maneira que ontem dei por comentários destes, “o Cardoso fez ver ao treinador que estava errado”. Acho, tenho quase a certeza que são os mesmos que acharam o Peseiro sem pulso no balneário do Sporting quando numa substituição em pleno estádio das Antas, o mandou “tomar no cú”. Lembram-se? Eu lembro-me também de um exemplo de extremos, na época de 2000/2001, o Benfica despedir o Manuel José e chamar-lhe incompetente. Ironicamente o destino ou alguém no lugar dele, colocaria o Manuel José a treinar a União de Leira que acabaria à frente do ex-patrão na classificação final. Nesse ano o Benfica não se qualificou para as competições europeias, qual é a diferença para agora? Se calhar até existem algumas semelhanças, “ambos os dois” tiveram os seus Vale e Azevedo, não foi? Voltando ao nome Peseiro, disse a vários amigos benfiquistas, que não ligaram muito, “só espero que o teu Jasus não seja medroso como foi o meu treinador naquela fatídica época de 2004/2005, quando também perdemos tudo numa semana”. Perderam pontos contra o Estoril por falta de pernas, perderam com o FCP porque os tipos nestas alturas não falham e perderam com o Chelsea porque foram incompetentes, não custa assumir. Não há vitórias morais e não devem haver distracções como em Amesterdão e como no Jamor, é verdade. Uma pessoa inculta não é necessariamente teimosa e orgulhosa mas Jorge Jesus conseguiu juntar todos os defeitos, não sabe falar e não foi resguardado, é teimoso, é vaidoso quando diz que inventou uma ciência no futebol, é medroso mas assume, “pensámos que o 1-0 chegava e defendemos o resultado”. Ó Jorge, a tanto tempo do fim do jogo? Não tenho duvidas que Luis Filipe Vieira reconduziu o Benfica à estabilidade mas falta-lhe uma pontinha de sabedoria. Devia ter ficado calado quando falou na renovação do treinador, não dois mas mais quatro anos”, agora tem de o engolir e se ficar vai ser uma dor de alma quando começar a época, assim que perder o primeiro ponto. Ou o presidente é tão teimoso como ele ou ainda o vamos ver a ganhar títulos a norte do Douro… Para os que me foram deixando mimos durante a época que agora acabou com agoiros de descida de divisão, acreditem que ainda assim fomos “muita” fortes, não descemos e em Agosto iniciamos com vontade a dobrar. Meus amigos do Benfica, aguentem que isso passa. Acreditem porque em 2005 também me passou e acreditem também que a vossa tristeza não me faz mais feliz do que já sou, ao contrário daquilo que apregoaram durante a época à espera da nossa descida de divisão.
Sou do Sporting, não me interessa o resto.
Beijos e abraços a gosto e se não gostarem já sabem, é sair e apagar a luz antes de fechar a porta.

quinta-feira, abril 11, 2013

O Estado não é gordo, sofre de obesidade mórbida

No domingo estive à porta de um torneio de futsal no polidesportivo do bairro da Madre de Deus.
Não houve jogo, o que é pena porque estava em causa representar o clube de berço e de bairro, o nosso Vitória Clube de Lisboa. Ficou a intenção de não faltarem oportunidades próximas.

Lembrei-me hoje de escrever sobre isto porque anda por aí a circular um a óptima notícia, daquelas que deixa qualquer português em dificuldades financeiras com um rasgado sorriso de orelha a orelha. Parece e digo parece porque casa vez mais sou como o São Tomé, principalmente com estes artigos virais net, parece dizia eu que os partidos políticos portugueses, esse antros de gente inútil da sociedade que tem aulas de postura frente ás câmeras de televisão nos directos, porque nos diferidos a conversa é outra, parece dizia eu que os partidos políticos portugueses não pagam IMI dos seus imóveis e IUC das suas viaturas.

Ora tendo em conta que esta corja de gente licenciada (sabe Deus como) mas cima de tudo mal formada, não deixa os seus créditos por mãos alheias, vivendo e gozando abastadamente em imóveis muitas vezes de luxo, choca. Choca, enoja e torna-se visceral o sentimento que nutro por eles. Quanto aos carros que não paga IUC, recordo as palavras do deputado Francisco Assis, "um dia ainda vão querer que o líder da alçada parlamentar do PS ande de Renault Clio".
É preciso dizer mais alguma coisa para perceber que esta gente gasta o que não tem?

O que é que isto tem de parecido com a possibilidade de jogar à bola pelo VCL na Madre de Deus? Vamos por partes.

Eu estudei durante um ano na escola secundária de Afonso Domingues. Nesse ano lectivo quando ia para ou vinha da escola no autocarro, passava à porta da residência do nerval Ramalho Eanes. Achava piada haver dois polícias permanentemente ali assim a tomar conta do senhor que já não era presidente da república, na realidade já não contava para o totobola.

Passados mais de vinte anos, ali continuam dois polícias e eu pergunto, para quê? Era domingo, ainda não eram nove horas, um fumava tranquilamente, outro falava ao telemóvel.
Pergunto, protecção de um ex-presidente da republica para quê? Estão com medo de quê? Não percebo, não compreendo que se gaste dinheiro desta maneira não está certo.

Vi ontem uma reportagem feita em Lisboa sobre os guarda-nocturnos, continuam a existir. Lembro-me de há vinte e poucos anos estarmos todos na rua à noite a conversar e entre um cigarro e outro lá vinha o guarda-nocturno que depois ficava ali uma hora ou mais connosco.

Será que o Eanes não tem dinheiro para pagar uma quota e colar um autocolante na janela para o guarda-nocturno da Madre de Deus ver se está tudo bem com ele e com a Nelita?

Psst, ó senhores que tratais de contas, orçamentos e coisas dessas dando cabo da vida de todos nós, ide bardamerda.

domingo, novembro 18, 2012

Há dias assim

Se há dias em que não apetece?
Claro que há mas também há que reunir forças, seja lá onde for. Seja lá onde elas estiverem escondidas.

sexta-feira, novembro 16, 2012

Pais e filhos e vice-versão também

A história repete-se a cada geração. Fazemos o papel de filhos quando tapamos os ouvidos e não achamos piada nem encontramos razão nas chamadas de atenção para vinte e tal anos depois usarmos os mesmo argumentos para que nos ouçam.

When I was growin' up, my dad and I used to go at it all the time, over almost anything.

I used to have really long hair, way down past my shoulders, and I was seventeen, or eighteen, Oh man, he usedta hate it and we got to where we'd fight so much, I'd spend a lot of time out of the house, and in the summer it wasn't so bad, cause it was warm, and your friends were out. 

But in the winter, I remember standing downtown, and it'd get so cold, and when the wind blew, I had this phone booth that I used to stand in, and I used to call my girl, like, for hours at a time, just talkin' to her, all night long. And finally, I'd get my nerve up to go home, and I'd stand there in the driveway, and he'd be waitin' for me in the kitchen, and I'd tuck my hair down in my collar, and I'd walk in, and he'd call me back to sit down with him. And the first thing he'd always ask me was 'What did I think I was doing with myself?' And the worst part about it was I could never explain it to him. 

I remember I got in a motorcycle accident once, and I was laid up in bed, he had a barber come in, and cut my hair and man, I can remember telling him that I hated him, and that I would never ever forget it, and he used to tell me 'Man, I can't wait till the army gets you, when the army gets you, they're going to make a man out of you, they're gonna cut all that hair off, and they'll make a man out of you' And this was in I guess, '68 when there was a lot of guys from the neighbourhood going to Vietnam. 

I remember the drummer in my first band coming over to my house, with his marine uniform on, to say that he was going, and that he didn't know where it was. A lot of guys went, and a lot of guys didn't come back, and a lot that came back weren't the same anymore, and I remember the day I got my draft notice, I hid it from my folks, and three days before the physical, me and my friends went out, and stayed up all night, and when we got on that bus to go that morning, man, we were all so scared. 

And I went, and I failed.

But I remember coming home after I'd been gone for three days, and walking in the kitchen, and my mother and father were sitting there. My dad said 'Where you been?' I said 'I went to take my physical' he says 'what happened?' I said 'They didn't take me', and he said 'That's good' 


sexta-feira, setembro 28, 2012

Filhos

> Ali por volta de 1983/84 o meu pai e a minha mãe cometeram um crime, já prescrito é certo mas foram a Ceuta e no regresso compraram um vídeo-gravador. Um VHS Mitsubishi e tal, coisa fina.
> Para começar a utilizar gravou-se um concerto da Diana Ross no Central Park que foi feito em dois dias porque no primeiro caiu uma tromba de água que o adiou para o dia seguinte.
>
> Nesse concerto, confesso que o vi repetidas vezes, a senhora disse isto:
>
> Your children are not your children
> They come trought you but not from you
> And although they are with you
> They belong not to you
>
> Nada mais certo.
>
>
>
>

terça-feira, setembro 11, 2012

E agora para algo completamente diferente...




As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

Ai que putedo tio alfredo

Há tempos alguém me dizia que algumas classes de trabalhadores se comportam tal e qual como as mulheres da vida. Quando em "exposição" na rua, tentam cativar o cliente da maneira menos subtil, "porque cobram menos, porque o fazem melhor," etc. Por outro lado, quando aparece a "ramona", avisam-se umas ás outras e desatam a correr.

E antes que me chamem nomes ou que digam que não sou assalariado, aviso que desconto para o IRS, Segurança Social, Taxa de Audiovisuais, Taxa de Esgotos, IMI, IUC, sou profissional de um sector regulamentado pelo Estado e já percebi que quando partir para outro mundo ou "para a Roda" como se diz por aqui, a minha família há-de cá ficar para pagar imposto sucessório. Dizia eu que comparo estas uniões de sindicatos ao comportamento das mulheres da vida porque pelo menos um deles ainda há pouco tempo andava de braço dado com a governação...

É provavelmente a facilidade que temos de mudar de opinião. Ouvir "o que era preciso era outro Salazar", revela tudo da nossa personalidade.
Agora até dá jeito que houvesse ditadura outra vez. Pelos vistos, razão tinha a Manuela Ferreira Leite quando opinava sobre suspender a democracia por uns tempos.

Esta semana gostei de ouvir as alternativas apresentadas pela JSD.
http://www.jsd.pt/noticias/3405/tomada-de-posicao-da-jsd-sobre-as-medidas-do-orcamento-de-estado-2013.aspx#.UE8HZ-ssQR0.facebook

Só tenho pena que estas maneiras de pensar (independentemente da cor) nunca cheguem ao poder ou que mudem de opinião quando é o caso.

Para quem não perceber o que se passa aqui:
Ramona - carrinha de grandes dimensões para levar detidos nas rusgas que se faziam pelos bairros de Lisboa.
Roda - cemitério que serve os lugares do Chão da Parada, Reguengo da Parada e Tornada.
Mulheres da vida - Putas

sábado, agosto 18, 2012

Viva a liberdade cybernautica :-)

Esta coisa do facebook é muito engraçada, entrou de mansinho nas nossas e vidas e tornou-nos empresários com uma loja se porta aberta.
Vamos endo simpáticos e aceitando quem bate à porta. Por vezes temos que educadamente pedir que saiam porque está na hora de fechar mas há quem não entenda e não reconheça o seu lugar, é pena.


sábado, julho 14, 2012

Uma foto e uma canção no regresso a 1991

No fim do dia 28 de Abril de 1991 o Artur Brandão (5*) foi a minha casa rapar-me o cabelo a pente 4.
Quando lá cheguei ainda lhe passaram o pente 2 porque, diziam, não era suficiente.
Esta semana passei lá perto duas vezes e resisti à tentação de não ir ver como estava.
Tive receio que a temperatura da água de um desses dias na Praia dos Coelhos fosse o mesmo frio que iria sentir na barriga ao contemplar o ex-convento de Brancanes e ex-Batalhão de Serviços de Saúde do Exército Português.

Foi o meu poiso de 29 de Abril a 19 de Julho e o melhor da vida militar.
Nessa altura o meu cabelo ficou como o da Sinead.
A saudade é uma coisa filha da mãe e esse ano, apesar de alguns estragos, teve tantas coisas boas que ficou para sempre :-)
http://www.youtube.com/watch?v=7PvhRzXdOVg&feature=youtube_gdata_player

quarta-feira, junho 27, 2012

Exmo. sr Ministro das Finanças,

Não querendo usar da ironia de um "Governo Sombra" da TSF ou do dramatismo de um "Prós e Contras", venho por este meio (que alguém o podia fazer) expor a vossa excelência o seguinte:

Causa-me bastante estranheza que Vossa Excelência não tenha previsto a mais do que lógica redução de receita fiscal. Não precisamos de estudar política, matemática ou economia para entender o óbvio.

Vossa Excelência faz parte de um governo que por culpa directa ou indirecta não é isso que está em causa, aumentou o IVA na restauração, bens alimentares e medicamentos, já para não falar do corte no acesso ao crédito bancário por parte dos particulares.

Ora, se se deixam de vender casas porque não aparecem clientes, obviamente que se fecham empresas construtoras e se despedem funcionários, os mesmos não terão dinheiro para gastar nos restaurantes que entretanto viram o IVA subir em pouco tempo de 12 para 13% e desde Janeiro para 23. Esta foi a primeira das barbaridades para afastar clientela. Hoje ouvi a notícia da duplicação da receita do IVA na restauração, não o quero desanimar mas parece-me "sol de pouca dura".
Também sabe Vossa Excelência que ao aumentar o IVA da maneira que se aumentou, acabou por se criar uma fuga natural aos impostos, porque convenhamos Sr Ministro, é uma maçada um canalizador, um electricista ou um mecânico de automóveis pedir-nos 100 contos por uma reparação (desculpe os contos mas é um defeito de quem não gosta destes euros) e se pedirmos factura exigirem-nos mais 23 contos, já reparou que são quase mais 25%?
A isto chama-se barbaridade ao quadrado Sr Ministro.

Certamente o Sr Ministro também já se apercebeu que a par da receita fiscal também as receitas da segurança social vão diminuindo de dia para dia, por um lado porque as pessoas vão perdendo emprego e por outro porque se vai contratando a termo e pagando o mínimo possível e já percebeu porquê Sr Ministro? não? Então eu explico-lhe, no meu sector de actividade foram implementadas medidas que revolucionaram a economia das farmácias.
Como? É simples, aliás, é uma regra de três simples, o ministério da economia juntamente com o ministério da saúde, dos anteriores governos do sr José Sócrates e também do actual governo acharam que as farmácias em Portugal estavam nas mãos de uma corja de bandidos que ganhavam dinheiro à custa dos problemas de saúde das pessoas e resolveram impôr descidas nos preços dos medicamentos obrigando-nos a suportar custos nunca vistos e obrigando-nos a vender hoje medicamentos por cerca de 2/3€ que custavam há cerca de ano e meio mais de 20/25€.

À partida até parece uma medida interessante e viável para o Zé povinho porém, há muita gente apanhada na curva com este tipo de política. Laboratórios, grossistas e farmácias que eram das entidades que com mais impostos contribuíam para as "suas" receitas fiscais, estão a pagar muito menos IVA, não estão? Pois estão. E também estarão certamente a pagar mesmos segurança social não é? Pois, lá está a governação da pescadinha de rabo na boca que tem manta curta e quando tapa a cabeça, destapa obrigatoriamente os pés. Por vezes as medidas distas populistas são um tiro no pé.
No caso dos medicamentos são vários tiros no pé de um doente que já coxeava tanto e não tarda deixa mesmo de andar. Menor preço nos medicamentos significa mesmos receita fiscal, mesmo segurança social, porque torna-se insustentável manter quadros de pessoal como os que tínhamos e por último menos stock na prateleira para servir doentes.
Parece uma estupidez, não é?

Não é propriamente a falta de dinheiro para obtenção de mercadoria mas a falta da mesma nos armazenistas que nos deixam sem stock e se calhar porque ainda não houve ninguém até hoje que explicasse a quem direito ou provavelmente não perguntaram/investigaram as pessoas certas para lhes explicar que não há medicamentos porque alguém de peito feito e costa direitas resolveu exportar os "nossos" medicamentos porque ao preço que eles estão, tantos os nórdicos como alguns países de sotaque africano encontraram uma mina de ouro lusa que não tem origem na Panasqueira ou em Neves Corvo, comprando cá e vendendo lá com um lucro considerável.

Entretanto saíram notícias de burlas ao SNS, espero sinceramente que signifique o retorno dos medicamentos ás nossas prateleiras.
Aguardemos serenamente.

quinta-feira, junho 21, 2012

Músicas com cheiro e sabor

Estava aqui a pensar que o iutubio devia ter o Live In Paris e não tem.
Apesar disso dá para matar saudades de um grande LP do meu tio Fernando, Boblina para os amigos (se não podias ainda estar a ler isto meu malandro), ouvido num verão distante em modo repeat e acompanhado com uma estreia culinária da minha mãe nesse verão, doce de melão.

quinta-feira, junho 14, 2012

Ser "O Máior" também tem destas coisas

No mundial de 2006, quando questionaram Scolari o Sargentão, aquele que ninguém manipulava nem deixava que ninguém interferisse nas suas ideias (dele e do Murtosa), sobre a convocatória e o desempenho do Luis Figo que, se não estou em erro não participou praticamente no apuramento, ele respondeu assim:

"Figo estará na primeira lista e, se não se machucar, estará nas próximas listas de convocados". "O Figo é craque e craque tem que jogar sempre". Foi mais ou menos isto mas com sotaque.

E é isto que temos que pensar, o Cristiano Ronaldo é craque e tem que jogar sempre. Quem sabe como é o futebol, diferente de jogar à bola, tente ir lá para dentro fazer o mesmo com 60 jogos "nas pernas" numa época.


De bola percebemos todos, agora de futebol...

Venham os holandeses :-)

quarta-feira, junho 13, 2012

Patriotismo? Onde? Nós? Deve ser difícil

Amanhã jogamos tudo (espero que sim) contra os dinamarqueses e tinha pensado escrever assim:
"Bom, agora vou ver a selecção de todos ou na pior das hipóteses se não ganharmos será a equipa dos amigos do Paulo Bento".
No entanto, esta carta precipitou-me o desabafo. Sempre respeitei o Paulo Bento enquanto treinador do meu Sporting e como seleccionador embora lhe aponte um defeito intolerável, não ceder na sua teimosia perante o erro. 
No último jogo de preparação Paulo Bento emendou a mão ao tirar jogadores com pouco rendimento, apesar de dizer que não o faria para satisfazer as bancadas em caso de vaias e/ou assobios, já para não falar na convocação à última hora de Hugo Viana que devia lá estar desde o principio.

Na dita carta, que eu sinceramente gostava de saber se é verdadeira, Mourinho apela ao nosso patriotismo, o que acho bem, concordo e não tenho nada a acrescentar.
José Mourinho faz aquilo que ninguém se lembrou de fazer até hoje, pôr o dedo na ferida. Ninguém não, há oito anos um brasileiro, foi preciso ser um brasileiro com aquele mamar doce típico das terras de Vera Cruz que se lembrou de nos mandar a bandeira à janela. Confesso que na altura também entrei na euforia e agora de maneira mais fria e ao longe, reconheço a capacidade de o homem ter conseguido em breves segundos num discurso de despedida de Óbidos (o outro tal passeio de charrete que Humberto Coelho fala, mal digo eu), mobilizar tanta gente. É certo que quando chegou a Portugal trazia escrito na testa "Campeão do Mundo", o que facilitava tudo mas ainda assim foi um golpe de génio.

Eu gostava muito que o apelo de Mourinho tivesse o mesmo impacto. Não, descansem os mais preocupados porque não se trata de pendurar mais bandeiras, até porque da maneira que as coisas estão não temos dinheiro para cópias fiéis e ainda compramos outra vez aquelas que em 2004 traziam desenhadas pagodes chineses em vez de castelos.
O patriotismo a que Mourinho se refere é outro.

Amanhã, apesar de efectivamente termos coisa bem mais graves e importantes para nos apoquentar, devemos estar todos a puxar para o mesmo lado e tomar como exemplo Espanha que está aqui mesmo ao lado e nos pode dar uma grande lição do que é gostar do seu país. Ou como fazem os americanos e não há ninguém como eles para defenderem a sua bandeira, muitas vezes levadas ao extremo eu sei mas fazem-no.
 Temos que ser nós a cuidar da nossa ou então qualquer dia não seremos mais que uma praia germânica.




sexta-feira, junho 08, 2012

Eu fui, vi e foi fantástico


Bom, está mais do que na hora de fazer o resumo de uma tarde/noite de domingo inesquecível. Agora que os níveis fisiológicos de um quarentão que se deitou às cinco da manhã, foram repostos.
19 anos inflacionaram as expectativas, não o suficiente porque afinal o Boss iria dividir o palco com mais três grupos e isso condicionava e muito, do meu ponto de vista, a duração e a própria qualidade do concerto.

Não assistimos ao primeiro mas quando arranjámos poiso perto do palco (havia necessidade de constatar que era mesmo o tio Bruce) estava na hora de ver e ouvir James.

Com aquele sotaque "very british" pegou no público logo cedo com a sua estranha dança e movimentos de braços :-) (private joke). 

...

Houve melhor elogio nesta noite? Não, não houve.
Confesso que apesar de não ter apanhado tudo na altura, senti o primeiro arrepio da noite.  Foi uma actuação surpreendente e não sei se não terá sido o único até agora a mandar sentar a malta toda no "Sit Down". E não é que obedecemos todos? Aliás, se há coisa bonita no Rock In Rio é a interacção do palco com o público e isso ficou provado também com o "Sound", Let's see if your ninety thousand heartbits can bit together. mas também com o Sometimes e outras tantas. Parece que houve ensaio geral antes de cada concerto mas não, somos mesmo um grande público e a organização tem esse trunfo para continuar. O ambiente que se vive é realmente fantástico. A plateia ficou deliciada com o trompetista vestido com a camisola da selecção. Em terras de sua majestade aparece com a camisola se7e mas da selecção inglesa. Não deixa de ser simpático :-)

Despediu-se dizendo,
"Have a funtasic night with the wonderful Mr Springsteen, good love to you"

Quando os Xutos entraram em palco o ritmo já estava alto. Não foi mais do que o que já nos habituaram a não ser o Kalú cantar o "O Tonto" apenas com o Zé Pedro. Gostei da t'shirt, "Parental Advisory - Loud Drummer". Muito bom.
Depois dos dois encores, deixaram o palco já perto das 23.15, percebia-se que a noite seria longa mas não ao ponto de acabar para lá das 02:30.

Quando dei pelo "Mighty" Max Weinberg sentar-se na bateria e dar o ritmo para o We Take Care Of Our Own e ouvi o tio Bruce dizer, "Olá Lisboa, como estão?" Já as emoções estavam ao rubro no recinto, era meia-noite e a cada pausa entre músicas pensava na empatia que devia ser recíproca para não haver desgostos como os de 93. Seguiu-se Wrecking Ball, Badlands (clássico dos concertos) e Death to My Hometown. Numa pausa antes de My City of Ruins, o Boss fez a habitual incorporação do outro James, o Brown e apresentou os elementos da E-Street Band. Destaque para a ausência da sua "baby, where's my Patty? Ah, Patty ficou em casa com crianças".
Na parte autorizada a transmitir em directo, quem não foi, teve a possibilidade de assistir a Spirit in the Night, Because the Night (há tanto tempo que não ouvia isto e tem um solo de guitarra do Nils Lofgren) e No Surrender (das melhores do Born In Th USA, se calhar a par do Cover Me).
Depois fez o que eu gostava que fizesse, foi ao público buscar os pedidos e cantou, She's the One (uma paixão) I'm on Fire (que estreou ao vivo 6 dias antes na Holanda), com Shackled and Drawn meteu a malta a cantar e com Waitin' on a Sunny Day, repetiu o Hard Rock Calling de Londres e pôs um puto a cantar com ele.

Esperar que o The River (outra paixão, a primeira com o mesmo álbum em 83) fizesse parte do alinhamento era demais mas fez, assim como The Rising, Lonesome Day. We Are Alive apontavam para o final ao fim de quase duas horas de concerto. Quando o vejo tirar a gaita do bolso, ouço "It's been a long time, tive saudades" e ouço o início do Thunder Road pensei, se acabares agora estás perdoado pelos 19 anos que andaste sem GPS para saberes voltar a Lisboa.



Thunder Road
é um hino ao amor, pela letra, pela melodia e pelo gesto que o sobrinho do Big Man fez antes do solo de saxofone. Olhou para o céu, mandou um beijo a quem provavelmente lhe ensinou e partiu para um final como o tio fazia. Não há dúvida que a substituição está perfeita na qualidade, o puto sabe-a toda e até teve o devido acompanhamento quando nos deu a parte do "...young anymore, show a little faith, there's magic in the night, you're ain't a beauty but yeah you're allright..."
Aparentava ser o final do espectáculo mas sem sair do palco após os agradecimentos mandou toda a banda para os seus lugares e começou então a "partir a loiça".
À décima nona música oferece-nos Born in the U.S.A., a magia estonteante do Born to Run e Glory Days. A seguir toca uma das melhores coisas ao vivo, Hungry Heart e Dancing in the Dark. Desta vez não tinha a Courteney Cox e para a substituir levou duas da assistência que quase o levaram ao sufoco.  Não houve grande destaque do prof Roy Bittan nesta noite e Little Steven deu um banho ao Boss quando ele queria desistir.
Acabou com uma homenagem ao grande, minister of soul Clarence Clemons quando a meio da Tenth Avenue Freeze-Out parou tudo com, "This is the important part - When the change was made uptown
And the big man joined the band"
.
Pode não ter tido o resultado de outros dias mas emociona.
Já com o fogo de artificio no encerramento do festval anda deu para o Twist and Shout. Curiosamente foi assim que acabou o último concerto que me tinha levado ao parque da Bela Vista em 2011.

Ficou a seis músicas das 30 que apresentou em 93 mas fez um alinhamento musical de excelente qualidade. Faltou o Rosalita Come Out Tonight mas foi um grande concerto, foram 2h40 de emoções que tanta gente desejava há tantos anos.

Obrigado por teres voltado. Obrigado a quem nos acompanhou e quem nós acompanhámos, foi um grupo divertido e que tão cedo não esquecerá aquele domingo que foi o encerramento do Rock In Rio.

segunda-feira, junho 04, 2012

Lá vou eu falar outra vez no Bruce,

sábado, junho 02, 2012

O "Boss" que mais luta pelos empregados

As letras das canções e a sonoridade da maior parte do trabalho do "Boss", reportam-me sempre para quem tentou lutar pelo sonho americano, atravessou o atlântico e de alguma maneira acabou por conseguir algo diferente.
Não sei se esse sonho existe ou não mas tenho o enorme prazer de conhecer muita gente que foi atrás dele e nesse contexto lembro-me sempre da Ana Cristina. Se houvesse justiça no mundo, durante as últimas semanas teria sido natural trocar algumas impressões com ela sobre este concerto de amanhã. Infelizmente aquela besta negra que é o cancro não nos deixa.

Amanhã, quando este jeitoso de 62 anos subir ao palco, tenho a certeza que o vais ver e ouvir, e talvez até concordar comigo em algumas coisas. Músicas que podia ter tocado e não tocou, o facto de poder ter vindo mais cedo e não o ter feito porque em 93, a malta que estava em Alvalade não o "aqueceu bem". Conversa!

O certo é que também não poderemos assistir aquela cumplicidade que havia com o "Big Man"



Amanhã vamos ver se valeu a pena ou não, esperar os tais 19 anos e andar este tempo todo a pedir tanto para voltar o homem que fundou a E-Street Band, depois acabou com ela e voltou a juntá-la. Viu a tempo que esta fórmula só resulta assim, junta.

As expectativas estão altas, eu acho que vamos sair com a sensação de que foi pouco.



Aguardemos serenamente.












sábado, maio 19, 2012

E quando dizem

"olha, vai acontecer e parece que não há volta dar, está mesmo decidido".

À partida parece pouco provável quando as decisões não estão bem amadurecidas, como alguma fruta que só é boa mesmo antes de azedar mas depois pensamos que sim, pesando todos os prós e não deixando para trás nenhum contra, percebemos que até vai ser muito bom embora o dia teime em tardar, "se calhar já devia ter sido".
Eu sei que revela ansiedade e faz-me mais elo pedir que os dias passem depressa mas nesta altura é o que se pede.

domingo, maio 13, 2012

Qual Auto da Barca, qual quê!

Daqui a poucos anos, pouquíssimos mesmo, os nossos filhos estarão a estudar o que escreve e o que diz e forma como diz o que escreve e o que pensa Luis Freitas Lobo, senão veja-se o que disse este homem quanto ao Porto campeão,
"chicotada psicológica interna com a contratação de Lucho, é um alter ego no balneário, passando pelo túnel e acabando no relvado e depois a promoção de Paulinho Santos, do antigo testamento do Porto, para treinador adjunto"

E anda a mala a ouvir os Pachecos Pereira e os Rebelos de Sousa desta vida

quinta-feira, maio 10, 2012

Porque sim, hoje

terça-feira, maio 08, 2012

Outra vez o grupo do Jerónimo, que maçada

E volto ao tema no dia em que se fala do receio de fornecedores e na semana em que supostamente já não se iria falar no Pingo Doce.
Desconheço o autor mas recebi ontem e dá vontade de dizer, perceberam ou querem um desenho?



A jogada Pingo Doce

O Pingo Doce deve ter arrecadado à volta de 90 milhões de euros em poucas
horas em capitalização de produtos armazenados.
De onde saiu o dinheiro: algum do bolso, mas grande parte saiu das contas
bancárias por intermédio de cartões. Logo, os bancos vão acusar a saída de
tanto dinheiro em tão pouco espaço de tempo, no principio do mês, em que os
bancos contam com esse dinheiro nas contas, para se organizarem com ele.
Mas, ainda ganham algum porque alguns compraram a crédito.

Ora, se o Pingo Doce pedisse esse dinheiro à Banca iria pagar, digamos a
5%, em 5 anos, 25% da quantia. Assim não paga nada. O povo deu-lhe boa parte
do seu ordenado a troco de géneros. Alguns vão ver-se à rasca porque com
arroz não se paga a electricidade.
O resto, 75% da quantia aparentemente "oferecida", distribuiu-se assim:
1 - Uma parte dos produtos (talvez 20 a 25%) devem estar a chegar ao fim do
prazo de validade. Teriam de ser amortizados como perdas e lançados ao lixo.
Enquanto não fosse lixo seria material que entraria como existência, logo
considerado como ganho e sujeito a impostos. Assim poupam-se impostos,
despesas de armazenamento (logística, energia, pessoal) e o povinho acartou
o lixo futuro.
2 – Outra parte (10 -15%) seria vendida com os habituais descontos de
ocasião e as promoções diárias. Uma parte foi ainda vendida com lucro,
apesar do "desconto".
3 – O Pingo Doce prescinde ainda de 30 a 40 % do que seria lucro por
motivos de estratégia empresarial a saber:
1 - Descartar-se da concorrência das pequenas empresas. Quem comprou para
dois meses, não vai às compras nesse mesmo tempo.
2 - Aumentar a clientela que agora simpatiza com a cadeia "benfeitora".
3 - Criar uma situação de monopólio ao fazer pressão sobre os preços dos
produtores (que estão à rasca e muitos são espanhóis) para repor os novos
stocks em grande quantidade.
4 – Transpor já para euros parte do capital parado em armazém e levá-lo do
país uma vez que a Sede da Empresa está na Holanda. Não vá o diabo tecê-las
e isto voltar ao escudo nos próximos tempos o que levou já J. Martins a
passar a empresa para a Holanda.
5 – Diminuir com isto o investimento em Portugal, encurtar a oferta de
produtos, desfazer-se de algum armazém central e com isso despedir alguns
funcionários. O consumo vai diminuir no futuro e o Estado quer "imposto de
higiene" pago ao metro quadrado.
6 – Poupança em todo o sistema administrativo e em publicidade. A
comunicação social trabalhou para eles.

Mesmo que tudo fosse ilegal, a multa máxima para Dumping é de 15 a 30.000
Euros, para o resto não há medidas jurídicas. Verdadeiramente isto são
"Peanuts" em sacos de Pingo Doce, empresa do homem mais rico de Portugal. A
ASAE irá só apresentar serviço.
E o governo o que faz? Até agora calou-se. Se calhar sabia da manobra…




terça-feira, maio 01, 2012

Da Picheleira e dos Pichelecos

De repente e graças ao Jorge da Carícia, nasceu uma nova página no facebook, de nome Pichelecos, que tem proliferado em número de membros, fotos e comentários como se de cogumelos se tratasse.

Confesso que não conheço grande parte da malta que por lá vai aparecendo e alguns deles até já me enviaram pedidos de amizade e tudo mas se há coisa que eu admiro no facebook, chego mesmo a venerar é o facto de, se não conheço não aceito, se não tem foto não aceito, excepção feita ao meu amigo Quim, Peúga para a geração dele e do meu pai. Eu fico-me pelo "Jaquim" só por uma questão de brincadeira.

Adiante, na Picheleira onde nasci e cresci, eu gostava de ir ao Saraiva comer caracóis, gostava de ir ao lugar da dona Beatriz e sentir o cheiro da criação, dos coelhos, dos hortos, de roubar azeitonas enquanto esperava (este crime já prescreveu, não estejam já a pensar em tretas), gostava de ir comprar material escolar à Virita, de meter o totoloto na Calçada ao lado do externato da D Ofélia, de tirar retratos no Edgar para a escola, de passar dias inteiros das férias de verão na oficina do meu padrinho Horácio sempre a olhar para o King, aquele pastor alemão de respeito, acho mesmo que o estrabismo que revelo nas fotografias se deve ao King, medo! Gostava de ir à padaria de manhã e trazer o pão e uma arrufada para meter manteiga e levar para a escola.

Gostava de tanta coisa na Picheleira, gostava de ir ás compras à loja do Porfírio da Silva Xavier, ainda me lembro de ser servido camarão de Espinho na cervejaria do Greno, também gostava de ir com a minha mãe fazer compras na mercearia do sr Albino na capitão Roby. O que eu fiz com que os meus pais gastassem dinheiro na vidraceira do Carrascal, dos pais da Susaninha, colega a primária. Adorava passar horas à janela a conversar com o meu irmão de bricadeira, o Mourão. Tantos caroços de fruta que atirávamos para cima do 30 e do 55. As descidas de carros de esferas nas traseiras da Mira Fernandes e à volta da praceta.

E os pijamas, meias, lenços e sapatilhas de ginástica compradas na loja do Manecas e da dona Amália?

Gostava de estar no Vitória, apesar de chegar a casa e ouvi. "tresandas a tabaco", se havia coisa que o VCL nos dava de borla era o cheiro de tabaco queimado nas mesas de jogo que se impregnava na nossa roupa e cabelo denunciar a nossa noitada. Gostei de andar na ginástica e no futebol, gostei de fazer de olheiro nos carnavais porque a timidez e a falta de jeito para dançar faziam de mim e mais uns quantos uns verdadeiros seguranças de centro comercial, estávamos ali, observávamos mas não interferíamos em nada.

Sem esquecer aquele que era o sítio que eu mais admirava naquele bairro, mesmo doente depois de sair do médico, eu não perdia uma visita, assistir àquela arte de cortar etiquetas das caixinhas dos medicamentos passar na fia-cola e colar nas receitas. A Farmácia Marluz, uma das responsáveis da minha carreira era um mundo à parte do bairro e da própria cidade. Orgulhosamente mesmo contra as leis do sector, a Picheleira era o único bairro de Lisboa que tinha sempre uma farmácia de serviço.

Peço desculpa se me esqueci de alguns sítios ou pessoas.

Da Picheleira com muito orgulho