decabelosempe.blogspot.com de cabelos em pé: Outra vez o grupo do Jerónimo, que maçada

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Mais ou menos um diário de opiniões. Nem sempre diário, mas de opiniões sim.

terça-feira, maio 08, 2012

Outra vez o grupo do Jerónimo, que maçada

E volto ao tema no dia em que se fala do receio de fornecedores e na semana em que supostamente já não se iria falar no Pingo Doce.
Desconheço o autor mas recebi ontem e dá vontade de dizer, perceberam ou querem um desenho?



A jogada Pingo Doce

O Pingo Doce deve ter arrecadado à volta de 90 milhões de euros em poucas
horas em capitalização de produtos armazenados.
De onde saiu o dinheiro: algum do bolso, mas grande parte saiu das contas
bancárias por intermédio de cartões. Logo, os bancos vão acusar a saída de
tanto dinheiro em tão pouco espaço de tempo, no principio do mês, em que os
bancos contam com esse dinheiro nas contas, para se organizarem com ele.
Mas, ainda ganham algum porque alguns compraram a crédito.

Ora, se o Pingo Doce pedisse esse dinheiro à Banca iria pagar, digamos a
5%, em 5 anos, 25% da quantia. Assim não paga nada. O povo deu-lhe boa parte
do seu ordenado a troco de géneros. Alguns vão ver-se à rasca porque com
arroz não se paga a electricidade.
O resto, 75% da quantia aparentemente "oferecida", distribuiu-se assim:
1 - Uma parte dos produtos (talvez 20 a 25%) devem estar a chegar ao fim do
prazo de validade. Teriam de ser amortizados como perdas e lançados ao lixo.
Enquanto não fosse lixo seria material que entraria como existência, logo
considerado como ganho e sujeito a impostos. Assim poupam-se impostos,
despesas de armazenamento (logística, energia, pessoal) e o povinho acartou
o lixo futuro.
2 – Outra parte (10 -15%) seria vendida com os habituais descontos de
ocasião e as promoções diárias. Uma parte foi ainda vendida com lucro,
apesar do "desconto".
3 – O Pingo Doce prescinde ainda de 30 a 40 % do que seria lucro por
motivos de estratégia empresarial a saber:
1 - Descartar-se da concorrência das pequenas empresas. Quem comprou para
dois meses, não vai às compras nesse mesmo tempo.
2 - Aumentar a clientela que agora simpatiza com a cadeia "benfeitora".
3 - Criar uma situação de monopólio ao fazer pressão sobre os preços dos
produtores (que estão à rasca e muitos são espanhóis) para repor os novos
stocks em grande quantidade.
4 – Transpor já para euros parte do capital parado em armazém e levá-lo do
país uma vez que a Sede da Empresa está na Holanda. Não vá o diabo tecê-las
e isto voltar ao escudo nos próximos tempos o que levou já J. Martins a
passar a empresa para a Holanda.
5 – Diminuir com isto o investimento em Portugal, encurtar a oferta de
produtos, desfazer-se de algum armazém central e com isso despedir alguns
funcionários. O consumo vai diminuir no futuro e o Estado quer "imposto de
higiene" pago ao metro quadrado.
6 – Poupança em todo o sistema administrativo e em publicidade. A
comunicação social trabalhou para eles.

Mesmo que tudo fosse ilegal, a multa máxima para Dumping é de 15 a 30.000
Euros, para o resto não há medidas jurídicas. Verdadeiramente isto são
"Peanuts" em sacos de Pingo Doce, empresa do homem mais rico de Portugal. A
ASAE irá só apresentar serviço.
E o governo o que faz? Até agora calou-se. Se calhar sabia da manobra…