14 de Agosto de 1935
Foi no 33 da Frei Fortunato de São Boaventura na Picheleira que cresceram juntos e se fizeram uns homens. Mais tarde, a mesma casa ajudava a criar as filhas dos mesmos. A janela deste primeiro andar, deixa-me uma saudade imensa, era a casa da Avó Rosa. A mesma janela onde a prima Túlia e a minha irmã lanchavam, desde a gemada ao tomate maduro com açúcar a deixar marcas vermelhas nos bigodes.
Símbolos inesquecíveis, desde o enorme espelho da sala, ao relógio de parede, a chaminé dos cozinhados exemplarmente feitos pela nossa Avó. Há um que não consigo esquecer, o bolo de moka, que saudades caneco. Adorava passar tardes na brincadeira com o "sempre em pé" que vinha nas caixas de detergente.
Diz a história que os estes dois escorregavam na Alameda Afonso Henriques, à época ainda sem fonte luminosa e frequentavam a praia de Algés, Cruz Quebrada, Torre, sempre acompanhados de ilustres figuras da Picheleira, entre eles, Jaime Gazul, Zé Batata, Fernando Baptista, Zé Gama, etc. Há episódios dos irmãos com estes amigos proibidos de contar, embora sejam brincadeiras mais saudáveis que as actuais, só com a autorização dos mesmos.
Titó, muitos parabéns.
Etiquetas: Aniversários, Familia, Sentimentos
3 Comments:
A janela do 1º tem gente à espreita. E quem serão as vizinhas em conversa lá diante do Agostinho?
Cumpts.
Lembro-me de alguns vizinhos dali, não de todos. O 33 é o prédio da esquerda. As vizinhas provavelmente comentavam o estado das ruas. Esta foto foi tirada na altura dos arruamentos segundo o meu pai. Obrigado pela passagem.
Diz o Titó: "obrigado por tudo... e não te esqueças de tomar os comprimidos," ò maluco".
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