Sonho meu, sonho meu, vai viver para bem longe sonho meu
A médica otorrinolaringologista (ufa!) que me costuma limpar a cera dos ouvidos e drenar as ventas, já me disse que devia ir a uma consulta do sono e quem sabe ser operado para deixar de fazer apneias durante o sono.
Digo durante o sono porque acho que desde o sofá, passando pela sala de espera do consultório médico, até ao banco do eléctrico 28 :-), eu durmo em qualquer lado. Lembro-me de na tropa em 1991 no quartel de Brancanes ter conseguido passar pelas brasas dentro de uma guarita.
Tenho mesmo que tratar disto porque ainda esta noite tive um sonho mau, acho que não se pode dizer pesadelos. Sonhei eu, vejam lá se isto é possível, que estava o primeiro-ministro a ser entrevistado numa tom cordial quase zen, só faltava um pau de incenso a queimar em cima da mesa e uma fonte a deitar água, daquelas que se usam agora no hall de entrada e que a mim dá a sensação de estar a passar à porta do urinol do Rossio e ouvir uma torneira avariada.
O primeiro-ministro respondia a tudo o que lhe perguntavam sempre mas sempre dizendo que compreendia os problemas de toda a gente, de milhares de desempregados e de camionistas que não sabem a que preço podem cobrar os seus serviços, porque todas as semanas os combustíveis aumentavam.
Esta entrevista surgia depois de na semana anterior ter levado na cabeça de um presidente da república que tinha tomado posse para um segundo mandato e que a jornalista dizia ser um prenuncio de cinco anos mais interventivos e completamente diferentes dos anteriores.
Havia até um líder político que tinha apresentado uma moção de censura depois de dois meses antes terem andado quase de braço dado a apoiar um candidato ás presidenciais.
Lá está até nos sonhos, a política e os seus protagonistas são uns verdadeiros artistas.
Nos sonhos, o melhor acontece sempre perto do fim e chego a ter medo de acordar antes mas esta noite ainda deu para ver que tinha havido outro contratempo na carreira daquele primeiro-ministro. Parece, não tenho a certeza, que num fim de semana, sem aproveitamento disso para faltar ao trabalho até porque se existem 600.000 desempregados e podiam lá estar muitos, tinham aparecido cerca de 200.000 ou 300.000 não sei bem porque não durmo com lentes de contacto e desse modo olhar para um a manif é o mesmo que olhar para as cadeiras do estádio do meu Sporting, parece sempre cheio. Dizia eu que no meu sonho essa manif era transversal a todas as idades, credos e ideologias políticas mas mesmo assim o ministro dizia que compreendia e partilhava os sentimentos.
Gosto do nosso primeiro ministro, "partilhar" é próprio de quem usa o facebook e quem usa o facebook é boa pessoa.
Se o ministro dissesse que comungava da preocupação dessas pessoas era muito mais chocante para mim, porque quem comunga são as pessoas que vão à igreja e não parece que fosse pessoa para isso depois de mandar retirar crucifixos das saulas de aula das escolas. Eu fico sempre baralhado com estas coisas porque no mesmo sonho esse ministro dizia "oh não, por amor de Deus" quando lhe perguntavam se uns manifestantes que lhe tinham interrompido um discurso de megafone, tinham levado uns biqueiros nas nalgas.
Voltando ao fim do sonho, a tal parte em que aparece o melhor, depois de levar e levar e levar e dizer que compreendia os problemas dos camionistas mas que o governo seria intransigente e não deixaria que as populações sofressem com a falta de abastecimento de combustíveis e bens de primeira necessidade, a jornalista terminava abruptamente a entrevista dizendo que acabava de ser informada sobre um acordo entre o governo e os representantes das empresas de transportes.
Eu acredito na boa vontade do governo, não acredito que esse acordo fosse estrategicamente ventilado por uma competente agência de informação no fim da entrevista do primeiro-ministro só para lhe salvar o coiro, até porque os ministros não são pessoas para receber horas extraordinárias se trabalharem depois das 16 ou 17, digo eu.
Essas maldades só acontece nos sonhos, não é? Porque no meu sonho aquele ministro teve um sorriso tão espontâneo e rasgado que parecia o joker do batman, feito pelo Jack Nicholson obviamente.
Digo durante o sono porque acho que desde o sofá, passando pela sala de espera do consultório médico, até ao banco do eléctrico 28 :-), eu durmo em qualquer lado. Lembro-me de na tropa em 1991 no quartel de Brancanes ter conseguido passar pelas brasas dentro de uma guarita.
Tenho mesmo que tratar disto porque ainda esta noite tive um sonho mau, acho que não se pode dizer pesadelos. Sonhei eu, vejam lá se isto é possível, que estava o primeiro-ministro a ser entrevistado numa tom cordial quase zen, só faltava um pau de incenso a queimar em cima da mesa e uma fonte a deitar água, daquelas que se usam agora no hall de entrada e que a mim dá a sensação de estar a passar à porta do urinol do Rossio e ouvir uma torneira avariada.
O primeiro-ministro respondia a tudo o que lhe perguntavam sempre mas sempre dizendo que compreendia os problemas de toda a gente, de milhares de desempregados e de camionistas que não sabem a que preço podem cobrar os seus serviços, porque todas as semanas os combustíveis aumentavam.
Esta entrevista surgia depois de na semana anterior ter levado na cabeça de um presidente da república que tinha tomado posse para um segundo mandato e que a jornalista dizia ser um prenuncio de cinco anos mais interventivos e completamente diferentes dos anteriores.
Havia até um líder político que tinha apresentado uma moção de censura depois de dois meses antes terem andado quase de braço dado a apoiar um candidato ás presidenciais.
Lá está até nos sonhos, a política e os seus protagonistas são uns verdadeiros artistas.
Nos sonhos, o melhor acontece sempre perto do fim e chego a ter medo de acordar antes mas esta noite ainda deu para ver que tinha havido outro contratempo na carreira daquele primeiro-ministro. Parece, não tenho a certeza, que num fim de semana, sem aproveitamento disso para faltar ao trabalho até porque se existem 600.000 desempregados e podiam lá estar muitos, tinham aparecido cerca de 200.000 ou 300.000 não sei bem porque não durmo com lentes de contacto e desse modo olhar para um a manif é o mesmo que olhar para as cadeiras do estádio do meu Sporting, parece sempre cheio. Dizia eu que no meu sonho essa manif era transversal a todas as idades, credos e ideologias políticas mas mesmo assim o ministro dizia que compreendia e partilhava os sentimentos.
Gosto do nosso primeiro ministro, "partilhar" é próprio de quem usa o facebook e quem usa o facebook é boa pessoa.
Se o ministro dissesse que comungava da preocupação dessas pessoas era muito mais chocante para mim, porque quem comunga são as pessoas que vão à igreja e não parece que fosse pessoa para isso depois de mandar retirar crucifixos das saulas de aula das escolas. Eu fico sempre baralhado com estas coisas porque no mesmo sonho esse ministro dizia "oh não, por amor de Deus" quando lhe perguntavam se uns manifestantes que lhe tinham interrompido um discurso de megafone, tinham levado uns biqueiros nas nalgas.
Voltando ao fim do sonho, a tal parte em que aparece o melhor, depois de levar e levar e levar e dizer que compreendia os problemas dos camionistas mas que o governo seria intransigente e não deixaria que as populações sofressem com a falta de abastecimento de combustíveis e bens de primeira necessidade, a jornalista terminava abruptamente a entrevista dizendo que acabava de ser informada sobre um acordo entre o governo e os representantes das empresas de transportes.
Eu acredito na boa vontade do governo, não acredito que esse acordo fosse estrategicamente ventilado por uma competente agência de informação no fim da entrevista do primeiro-ministro só para lhe salvar o coiro, até porque os ministros não são pessoas para receber horas extraordinárias se trabalharem depois das 16 ou 17, digo eu.
Essas maldades só acontece nos sonhos, não é? Porque no meu sonho aquele ministro teve um sorriso tão espontâneo e rasgado que parecia o joker do batman, feito pelo Jack Nicholson obviamente.
Etiquetas: Disparates, Opinião, Politiquices
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