Pontos de vista...à mesa
Na Amadora diz-se que a maior parte dos cafés e restaurantes estão em vias de fechar porque, dizem, estão ás moscas por causa da nova lei do tabaco. Em 2008 prevê-se que a maior parte dos cafés e restaurantes espalhados ( diga-se em abono da verdade, tal como os cogumelos) pelo país, fechem as portas pela falta de condições de higiene, segurança e mais não sei o quê.
Acho sinceramente que o ambiente nos cafés e restaurantes melhorou, agora sem fumo. Quanto ao resto, fico com dúvidas.
Na mesma Amadora, enquanto lá trabalhei frequentava dois restaurantes fantástico
Um era numa taberna, com balcões em mármore e pipas de vinho enormes, com que nos cruzávamos para chegar à sala das refeições, fazia lembrar a taberna do Agostinho lá na Picheleira. Não sei se ainda resiste mas tinha uma cozinha boa. Desde o leitão ao bacalhau com grão e aquelas cabeças de peixe cozidas com hortaliça, 5*.
O outro, bem, o outro ainda hoje lá vou com uma certa frequência, ou seja, se tiver que ir a Lisboa tratar de alguma coisa, é certo que vou almoçar à Venda Nova.
Salada de alface com oregãos, coentros e hortelã, cozido à portuguesa com chouriço de sangue, aquele de pele cinzenta que não se encontra por estas bandas, jantarinho de grão à alentejana, coelho com feijão branco, sobremesas simples, doce de amêndoa, arroz doce feito sem ovos e fruta. Só se sentam vinte pessoas de cada vez, todos apertadinhos. Leva-me a crer que o Zé e a Dora não engordam para poderem chegar ás mesas. Lavam-se as mãos numa pia de esmalte em armação de ferro, assim mesmo á antiga e á alentejana, tal como toda a decoração, apesar de se chamar Pérola Ribatejana.
Experimentem e digam-me o que acham das entradas e já agora gostava que alguém me explicasse o fundamento de acabar com a gastronomia tradicional quando se pede uma sobremesa e nos é servido um doce embalado em plástico com rótulos foleiros.
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