Casamentos
Tenho estado a fazer um esforço daqueles, dos grandes mesmo, não consigo, não aguento, é mais forte do que eu e tenho de falar disto. No passado Sábado assisti a um dos casamentos mais marcantes da minha vida. Há casamentos que não se esquecem, pelo bom, pelo mau e outros que não se esquecem porque...pronto, não se esquecem.
Depois de uma ventosa chegada de helicóptero ao local, e degustação de morangos e espumante, por parte dos noivos veio o melhor do almoço, ou seja, as entradas. Bons grelhados. Lá dentro, não tanto. Pouco tempo depois da sobremesa, começou o pior. Animação a tarde inteira, com som ao nível de pista de carrinhos de choque. Interrompida constantemente com intervenções de cultura, não se tratava de declamação de poemas por parte de Odete Santos com o Luísa sobe a calçada, ou Manuel Alegre, mas sim de actuações de "níbel".
Começamos com um artista ventríloco acompanhado do boneco "donál". Mais tarde actuação de palhaços e crianças sob a supervisão da "rata mine", como lhe chamou o meu primo Pedro Baptista. Ainda não refeitos da diversão, chega a chama da felicidade, com a sala ás escuras e os noivos rodeados de lume. Há que dizer que a organização deste casamento é um "tu áin uane", um 2 em 1, "portantes". Os empregados que servem á mesa são os mesmos que se transportam a chama da felicidade e se vestem de monges para assar a carne, só visto, fui completamente ao tapete. Olhei várias vezes para a minha mulher, para os meus primos e entre o rir e ficar chocado era uma fracção de segundos. Mais tarde já vencidos pelo cansaço, sim porque eu passo os casamentos numa canseira a caminho da pista de dança, não, não é para dançar, é para ver se está tudo bem com os três putos, adiante, mais surpresas, dança do ventre, dança brasileira, etc...
Soube no Domingo que o arraial acabou perto das duas e meia da matina.
Numa só sílaba, im-pre-ssio-nan-te, não tenho palavras para descrever.
Etiquetas: Disparates, Opinião
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