Fds

Há tempos uma prima combinava connosco, "encontramo-nos no fds".

"Adonde", perguntei eu chocado a pensar que a prima me insultava, "não, não, no fim-de-semana. Descansei. Este meu último fds, o que acabou ontem á meia-nôte portantos, foi de bradar aos céus mais farruscos e mais trovejantes, caraças.

Sábado de casamento. Já não tenho vitamina p. Vitamina da pachorra e da paciência para fato recheado de gravata acompanhado do sapatinho apertado, igreja de padre "austérico", interrupção a cada fotografia ou filmagem, não é assim que se cativa o rebanho ó padreco, fotografias de braço no ar, depois os padrinhos e mais os tios, enfim. Porque é que nos casamentos tem que haver sempre um cromo com mania de cómico e com uma piela daquelas que consegue incomodar toda a gente? E já agora, porque é que na nossa mesa há sempre um cromo repetido? Aquele tipo de cromo que é formado em coisas, que sabe de coisas, sabe de tudo, aquele cromo que saía em todas as carteirinhas da colecção, que não diz pêva, e fala, fala, fala, tem a conversa a que a minha sogra carinhosamente chama de conversa do cú para a parede.