24 de Abril de 2007
Se dúvidas eu tivesse sobre a qualidade, seriedade e credibilidade dos nossos governantes, anteontem tinha desfeito qualquer uma. Auditório VII da antiga FIL, conferência sobre o modelo europeu de farmácia, convidado de honra, correia de campos. Por um lado, países como Espanha, Itália, França, Grécia, onde se preserva a propriedade do estabelecimento ao licenciado em ciências farmacêuticas. Por outro, países como Noruega, Reino Unido e Finlândia que liberalizaram a propriedade e suas devidas consequências. Nestes últimos países, dizem os números das estatísticas, que associado ao aumento do preço dos medicamentos, o nascimento inevitável de cadeias de farmácias entregues a grupos económicos estrangeiros. Não querendo ser mais nacionalista do que os outros, quero apenas esclarecer o seguinte, as farmácias portuguesas na mão dos portugueses, pagam os seus impostos ( na ordem dos 42% de irs ou irc), empregam mão de obra qualificada, contratada a termo incerto, ou seja, não existe trabalho precário.
Na Noruega, ao reduzir-se a capitação por farmácia para 800 habitantes e ao liberalizar-se a propriedade, permitiu-se que neste momento, 98%, repito, 98% das farmácias norueguesas sejam propriedade de dois ou três grupos económicos. Os outros 2% são propriedade de particulares. Em 350 municípios, 44 deixaram de ter farmácia.
Em Portugal, o que se prevê com estas medidas, é um êxodo de farmácias do interior para o litoral do país. Num país onde todos os concelhos estão apetrechados com farmácia, será triste, não? Mas também, se deixam de haver centros de saúde e urgências para que quer o povo uma farmácia? Se não há jovens no interior, será preciso vender chuchas e biberons?
Na Noruega, ao reduzir-se a capitação por farmácia para 800 habitantes e ao liberalizar-se a propriedade, permitiu-se que neste momento, 98%, repito, 98% das farmácias norueguesas sejam propriedade de dois ou três grupos económicos. Os outros 2% são propriedade de particulares. Em 350 municípios, 44 deixaram de ter farmácia.
Em Portugal, o que se prevê com estas medidas, é um êxodo de farmácias do interior para o litoral do país. Num país onde todos os concelhos estão apetrechados com farmácia, será triste, não? Mas também, se deixam de haver centros de saúde e urgências para que quer o povo uma farmácia? Se não há jovens no interior, será preciso vender chuchas e biberons?
Estará o sr ministro consciente que ao entregar a propriedade das farmácias portuguesas a grupos multinacionais, os cofres do estado irão deixar de arrecadar uma soma considerável de impostos? Será depois como nas grandes superfícies, onde o trabalho de 10 é feito por 3 ou 4?
Veremos
Etiquetas: Opinião, Politiquices
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