Oh senhor!

O almoço de hoje foi no restaurante. O frio que fazia em são martinho do porto, mandou-nos embora mais cedo e a meio do caminho o nº3 pedia-me encarecidamente, "oh pai, vamos almoçar ao jaquim que eu tou cheio de fome". Como um gajo não é de ferro e não pode estar sempre a dizer que não, lá fomos. A meio da refeição ouço uma sexagenária com a frase mais usada nestes locais: "oh senhor, traga mais pão faxavôr". Este "senhor" traz-me á memória um aviagem que fiz com o bloga2 com o casal gama para ir ver o nosso vcl á lourinhã. Como a viagem na altura era fastidiosa, não havia a8 e o gama também não era um fittipaldi, antes pelo contrário era tudo na caaaalma, fomos almoçar a peniche. Se a viagem já tinha que contar, o almoço foi um recital á zé gama. De entrada, o dono da casa foi posto logo á vontade, "olhe, eu sei o que é este negócio até porque tenho 13 restaurantes em lisboa, por isso veja lá se não demora muito tempo". Ao mesmo tempo que decorria o nosso repasto, numa casa acanhada e cheia de clientes, por inerência muito barulhenta, havia uma televisão numa prateleira alta que se fazia ouvir mais alto que todos nós. O gama depois de olhar pelo canto do olho umas vezes e começar a ferver disse ao casal que almoçava por baixo do aparelho, "oh senhor, desligue lá essa porcaria, que nem um gajo conversa nem ouve a televisão", o sócio anuiu, até porque austeridade era coisa que não falta ao gama. "e vocês o que querem de sobremesa?", na cena seguinte já ele estava de cabeça enfiada nas arcas congeladoras a servir-se de gelados para os putos que tinha levado á bola. Durante muito tempo, quando ía com o bloga2 a um restaurante usávamos sempre um toque de requinte na comunicação com os empregados, oh senhor.