O pão que o diabo amassou
Na Calçada do Carrascal havia uma padaria, não sei se ainda existe, onde ia ao pão. Tinha umas bolas de Berlim e umas arrufadas (pães de Deus para alguns) que me faziam as delícias nos lanches a meio da manhã na escola. A senhora que lá trabalhava era conhecida, simpática, etc.
Não lembro do preço do pão naquela altura. As carcaças (papo seco para alguns) eram grandes, tinham um tamanho jeitoso, com manteiga primor em pacotes de papel (como nos habituou a avó Rosa), com fiambre, presunto, ás vezes com açúcar por cima da manteiga, muitas vezes molhadas no leite com chocolate. As carcaças daquele tempo até tinham umas mamas nos extremos que eram a primeira parte a comer.
Agora não, o tamanho reduziu e as mamas desapareceram.
Agora, deixo o saco pendurado no portão, não conheço sequer o padeiro e pago quinze cêntimos por cada carcaça .
Quinze cêntimos, trinta escudos.
Etiquetas: Opinião, Picheleira, Saudosa Lisboa, Sentimentos
2 Comments:
Por aui ainda existem os pães com mamas... pagas é p´raí uns 18 ou 19 "sétimos" por cada um!!!
leia-se "por aqui"!
;-)
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