Voltei
Empurrão daqui, encontrão dali, voltei hoje de lá do fundo.
Custou, pesou bastante.
Foi um fardo que carreguei, carregámos, durante duas semanas.
Durante estes dias sentia aquele flash dos filmes com imagens a passarem a mil à hora.
A noite nunca foi boa conselheira. Trazia sempre apreensão, dúvidas e mais dúvidas, sobe o que fazer, o que pensar, o que esperar enquanto não chegavam as certezas.
Pelo meio, uma viagem inesquecível que podia ter sido melhor gozada. Por um lado férias, por outro o terror de nove horas de avião.
A medicina nunca foi, não é, nem nunca poderá ser uma ciência exacta. Desta vez deu-me a oportunidade de a entender como tal.
A minha maneira pessimista de enfrentar as adversidades deixou-me a matutar nos piores cenários. Talvez por influência da profissão, por todos os dias ouvir desgraça.
Dei por mim a olhar para trás e a pensar em tudo o que tinha feito e que eventualmente podia deixar de fazer.
As imagens dos filhos, da família e dos amigos continuavam a passar em alta velocidade. Queria ficar com todos e não me esquecer de nenhum. Apetecia-me falar com todos ao mesmo tempo, reuni-los e dizer-lhes qualquer coisa, um simples "gosto muito de vocês e nunca serão esquecidos" seria suficiente.
Nestas ocasiões vale o optimismo dos que me rodeiam. Não de todos, porque os velhotes já não têm cabedal para estas coisas e prefiro contar à posteriori.
Valeu o apoio da Família e dos Amigos.
Passou finalmente o mau tempo
Etiquetas: Férias 2008, Sentimentos
3 Comments:
O que se passou contigo Pedro?
Já está tudo bem?
Que bom que estás de volta!
;-)
Caramba! Eu a pensar que a tua ausência seria devido a dúvidas existenciais ou às férias e afinal foi algo bem mais grave. Mas se dizes que passou ainda bem...
Jokas
Saúda-se o teu regresso, caro compadre. Aquele "poder do meu contraditório" já me andava a cansar. 1 grande abraço.
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