Estado de alma
Esta é só para a pandilha da picheleira, ok teresa, embora tenhas saído de lá há já 22 aninhos também podes ler, afinal também tu nasces-te em casa. Beatos de gema.
Vá lá a ver.
Lembram-se da farmácia marluz? Lembram-se? OK.
Lembram-se dos donos? A dra maria da luz e o sr almeida? Certo
E lembram-se dos empregados? Também? Prontos
Eu lembro-me do ancião de bigode que fazia os medicamentos manipulados.
Lembro-me do vitor que trabalhava na farmácia da casa da moeda e ia lá ao fim do dia fazer os serviços e reforços.
Havia um picanininho de cabelo branco parecido com o jornalista da rtp que apresenta o jornal do almoço, tudo bem até aqui?
Depois havia um picanininho também, moreno e com o aspecto daqueles gajos que tocam flauta na rua augusta.
Tenho a certeza que vocês se lembram de todos.
Comecei a ir lá ainda puto e desde cedo me fascinou aquela arte de cortar etiquetas e decifrar os hiéroglifos dos médicos, mais tarde lá fui eu bater com os costados no mesmo.
Assim sendo, lembram-se também daquele que vos quero falar, um alto e moreno decorado com uns óculos de leitura e que ostentava uma marreca do caneco, assim igual á minha, tão a ver?
Pois é precisamente assim que eu me sinto, alto, de óculos há já 17 anos e cada vez mais marreco.
Um gajo quando é novo nunca liga aos conselhos dos pais, tipo o "não chegues tarde, não fumes, não conduzas colado á traseira do carro da frente, não ponhas o banco do carro á fangio", mas o mais importante foi o que eu mais desprezei, "endireita-te pedro miguel, parece que andas com o autoclismo ás costas, xiça"
Etiquetas: Amizades, Picheleira, Velhice Precoce
1 Comments:
é curioso. quando falaste na marluz eu imediatamente lembrei-me desse moreno e alto. e estava a ver que não fazias referência a ele - estive que aguardar pelo final.
o mais engraçado é que lá me fui lembrando de todos os outros.
só tenho um reparo à farmácia marluz: o período em que eles me deixaram atravessar a farmácia para não ter de dar a volta pela lojinha d'avó, só durou 3 dias. depois voltaram a cortar-nos a passagem. embarguei os gajos e deixei de lá comprar os meus rohypnol.
pronto!
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