Até que enfim
Finalmente leio a melhor crítica sobre um campeonato.
2007-05-25 17:05 Sporting campeão
No passado domingo à noite terminou o Campeonato Nacional, ou a I Liga, ou melhor, a Bwin Liga, como agora se designa, e quando devia ter sido iniciada uma verdadeira discussão sobre o real vencedor, eis que todos afinaram pelo mesmo diapasão – ganhou o FC Porto e com toda a justiça. Ora eu sou daqueles que acham que o verdadeiro campeão foi o Sporting, pois não fora a decisão mais asnática da prova e a equipa de Paulo Bento teria sido coroada como a grande vencedora. A derrota que o Sporting sofreu em Alvalade, frente ao Paços Ferreira, devido a um golo marcado com a mão, na fatídica noite de 16 de Setembro de 2006, na 3.ª jornada, devia fazer corar de vergonha todos os que vivem do e para o futebol. O mais incrível é que além do Sporting ter sido o grande prejudicado, o beneficiado –Paços de Ferreira – graças a essa vitória fraudulenta, conseguiu aceder ao direito de disputar a Taça UEFA. Ou seja, foi uma dupla fraude desportiva. Digo sem qualquer rebuço – a verdade desportiva da Bwin Liga desta época está ferida de morte, pois o vencedor declarado – FC Porto – foi suplantado por outra equipa – o Sporting - , que faria o mesmo número de pontos e no desempate dos jogos disputados entre ambos levaria a melhor. Estes são os factos irrefutáveis e custa-me ler, ouvir e ver os habituais opinadores portistas a não reconhecerem esta elementar questão. Passam por cima dela como se não existisse. O problema é que ela existe, é gravíssima e quem a omite está a ajudar a esconder uma profunda injustiça.Por isso, não deixa de meter dó assistir aos milhares de comentários, com vários dislates à mistura, a reconhecer a justeza da vitória portista. O FC Porto, obviamente, não teve a culpa de beneficiar da decisão de um árbitro que se revelou incompetente. Se se levar em linha de conta que esse árbitro é internacional, estamos conversados acerca da qualidade da arbitragem portuguesa, que mais uma vez se provou ser fraca.Tão grave como a azelhice do árbitro João Ferreira foi a reacção inacreditável, no final do jogo e dias depois, do treinador do Paços de Ferreira. Após termos visto e revisto até à exaustão a forma como a sua equipa ganhou o jogo, José Mota declarou que não se sentia incomodado com essa circunstância. Uma vergonha que, como várias vezes temi, poderia vir a marcar o vencedor final da prova. Como se tal não bastasse, esta decisão do árbitro provocou uma outra injustiça – a União de Leiria, que ficou a um ponto do Paços de Ferreira, viu-se, assim, impedida de disputar a Taça UEFA. E quem vai disputar essa competição europeia no seu lugar? O Paços de Ferreira, claro! A omissão destes factos é, pura e simplesmente, chocante e levam-me a pensar que a verdade desportiva, por vezes, parece ser irrelevante para alguns “iluminados”.Confesso que se fosse sportinguista ou leiriense – caso ainda não tenham reparado, sou benfiquista e ainda hoje abomino aquela vitória graças a um golo com a mão de Vata! – estaria verdadeiramente indignado e não calaria a minha revolta. Aliás, não percebo a forma suave como os responsáveis sportinguistas e leirienses têm reagido a este facto. Em vez de reclamarem por causa do jogo de Leiria, com argumentos quase esotéricos, Soares Franco e seus pares deviam denunciar a forma como foram, inacreditavelmente, impedidos de averbar pelo menos um ponto na fatídico jogo, em casa, com o Paços Ferreira, o tal pontinho que lhes permitiria finalizar a prova com o mesmo número de pontos do FC Porto e, graças à vitória no Dragão e ao empate em Alvalade, vencer a prova.Os dirigentes do Sporting não se deviam calar e deviam mesmo impugnar a prova. Não é difícil imaginar o que correu na alma de Paulo Bento e dos seus jogadores ao verem Jesualdo Ferreira e os jogadores do FC Porto a comemorarem a vitória em pleno relvado. Uma profunda injustiça. O culpado tem um nome – João Ferreira. Obviamente, não acredito que João Ferreira tenha visto Ronny marcar o golo com a mão. Mas se não viu devia ter visto. Tal como um dos seus árbitros assistentes deviam ter julgado o lance como devia ter sido julgado.O que é mais espantoso é o facto de, após este fatídico jogo, a Comissão de Arbitragem da Liga ter designado João Ferreira para apitar mais 20 jogos. Refira-se que na época toda, o árbitro de Setúbal dirigiu 22 jogos, sendo 15 da I Liga e 7 da II Liga. Ou seja, João Ferreira só apitou menos jogos do que três colegas seus – Jorge Sousa (24), Lucílio Baptista (24), e Carlos Xistra (23) e apitou tantos como Paulo Paraty (22) e Pedro Proença (22). O que não deixa de ser notável e diz muito acerca da postura da Comissão de Arbitragem da Liga. E ainda falta saber qual a classificação de João Ferreira. Não me admiro nada que fique muito bem classificado. Apesar de ter cometido o erro mais crasso e decisivo da época, erro que custou a um dos concorrentes só a conquista da prova.Repito – o FC Porto não tem culpa deste erro de arbitragem, mas na verdade tenho de reconhecer que o Sporting, pelo futebol apresentado, merecia vencer. Apesar de ter um plantel curto e o mais barato dos “3 grandes”, Paulo Bento conseguiu armar uma bela equipa, pondo os “putos” a jogar de forma maravilhosa. E, sobretudo, Paulo Bento sossegou-nos acerca do futuro do futebol português, pois Moutinho, Miguel Veloso, Carlos Martins, Nani, Djaló e Pereirinha são do melhor que há no futebol nacional. Este sexteto, acompanhado de Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma, para dar apenas dois bons e grandes exemplos, curiosamente ambos produto da escola leonina, vai permitir-nos, seguramente, altos voos no futuro e por vários anos. Além dos “putos maravilha”, merecem destaque mais 3 jogadores – Ricardo, que fez uma época fantástica; Polga, quase intransponível; e Liedson, cuja eficácia não se discute.Ou muito me engano ou este Domingo os jogadores do Sporting vão disputar a final da Taça de Portugal com uma vontade acrescida de vencer e, assim, “vingar” a conquista do 19.º título do qual foram afastados por um clamoroso erro de arbitragem e por um colega de profissão que naquele lance se revelou ser desleal.
Pedro Guerra
No passado domingo à noite terminou o Campeonato Nacional, ou a I Liga, ou melhor, a Bwin Liga, como agora se designa, e quando devia ter sido iniciada uma verdadeira discussão sobre o real vencedor, eis que todos afinaram pelo mesmo diapasão – ganhou o FC Porto e com toda a justiça. Ora eu sou daqueles que acham que o verdadeiro campeão foi o Sporting, pois não fora a decisão mais asnática da prova e a equipa de Paulo Bento teria sido coroada como a grande vencedora. A derrota que o Sporting sofreu em Alvalade, frente ao Paços Ferreira, devido a um golo marcado com a mão, na fatídica noite de 16 de Setembro de 2006, na 3.ª jornada, devia fazer corar de vergonha todos os que vivem do e para o futebol. O mais incrível é que além do Sporting ter sido o grande prejudicado, o beneficiado –Paços de Ferreira – graças a essa vitória fraudulenta, conseguiu aceder ao direito de disputar a Taça UEFA. Ou seja, foi uma dupla fraude desportiva. Digo sem qualquer rebuço – a verdade desportiva da Bwin Liga desta época está ferida de morte, pois o vencedor declarado – FC Porto – foi suplantado por outra equipa – o Sporting - , que faria o mesmo número de pontos e no desempate dos jogos disputados entre ambos levaria a melhor. Estes são os factos irrefutáveis e custa-me ler, ouvir e ver os habituais opinadores portistas a não reconhecerem esta elementar questão. Passam por cima dela como se não existisse. O problema é que ela existe, é gravíssima e quem a omite está a ajudar a esconder uma profunda injustiça.Por isso, não deixa de meter dó assistir aos milhares de comentários, com vários dislates à mistura, a reconhecer a justeza da vitória portista. O FC Porto, obviamente, não teve a culpa de beneficiar da decisão de um árbitro que se revelou incompetente. Se se levar em linha de conta que esse árbitro é internacional, estamos conversados acerca da qualidade da arbitragem portuguesa, que mais uma vez se provou ser fraca.Tão grave como a azelhice do árbitro João Ferreira foi a reacção inacreditável, no final do jogo e dias depois, do treinador do Paços de Ferreira. Após termos visto e revisto até à exaustão a forma como a sua equipa ganhou o jogo, José Mota declarou que não se sentia incomodado com essa circunstância. Uma vergonha que, como várias vezes temi, poderia vir a marcar o vencedor final da prova. Como se tal não bastasse, esta decisão do árbitro provocou uma outra injustiça – a União de Leiria, que ficou a um ponto do Paços de Ferreira, viu-se, assim, impedida de disputar a Taça UEFA. E quem vai disputar essa competição europeia no seu lugar? O Paços de Ferreira, claro! A omissão destes factos é, pura e simplesmente, chocante e levam-me a pensar que a verdade desportiva, por vezes, parece ser irrelevante para alguns “iluminados”.Confesso que se fosse sportinguista ou leiriense – caso ainda não tenham reparado, sou benfiquista e ainda hoje abomino aquela vitória graças a um golo com a mão de Vata! – estaria verdadeiramente indignado e não calaria a minha revolta. Aliás, não percebo a forma suave como os responsáveis sportinguistas e leirienses têm reagido a este facto. Em vez de reclamarem por causa do jogo de Leiria, com argumentos quase esotéricos, Soares Franco e seus pares deviam denunciar a forma como foram, inacreditavelmente, impedidos de averbar pelo menos um ponto na fatídico jogo, em casa, com o Paços Ferreira, o tal pontinho que lhes permitiria finalizar a prova com o mesmo número de pontos do FC Porto e, graças à vitória no Dragão e ao empate em Alvalade, vencer a prova.Os dirigentes do Sporting não se deviam calar e deviam mesmo impugnar a prova. Não é difícil imaginar o que correu na alma de Paulo Bento e dos seus jogadores ao verem Jesualdo Ferreira e os jogadores do FC Porto a comemorarem a vitória em pleno relvado. Uma profunda injustiça. O culpado tem um nome – João Ferreira. Obviamente, não acredito que João Ferreira tenha visto Ronny marcar o golo com a mão. Mas se não viu devia ter visto. Tal como um dos seus árbitros assistentes deviam ter julgado o lance como devia ter sido julgado.O que é mais espantoso é o facto de, após este fatídico jogo, a Comissão de Arbitragem da Liga ter designado João Ferreira para apitar mais 20 jogos. Refira-se que na época toda, o árbitro de Setúbal dirigiu 22 jogos, sendo 15 da I Liga e 7 da II Liga. Ou seja, João Ferreira só apitou menos jogos do que três colegas seus – Jorge Sousa (24), Lucílio Baptista (24), e Carlos Xistra (23) e apitou tantos como Paulo Paraty (22) e Pedro Proença (22). O que não deixa de ser notável e diz muito acerca da postura da Comissão de Arbitragem da Liga. E ainda falta saber qual a classificação de João Ferreira. Não me admiro nada que fique muito bem classificado. Apesar de ter cometido o erro mais crasso e decisivo da época, erro que custou a um dos concorrentes só a conquista da prova.Repito – o FC Porto não tem culpa deste erro de arbitragem, mas na verdade tenho de reconhecer que o Sporting, pelo futebol apresentado, merecia vencer. Apesar de ter um plantel curto e o mais barato dos “3 grandes”, Paulo Bento conseguiu armar uma bela equipa, pondo os “putos” a jogar de forma maravilhosa. E, sobretudo, Paulo Bento sossegou-nos acerca do futuro do futebol português, pois Moutinho, Miguel Veloso, Carlos Martins, Nani, Djaló e Pereirinha são do melhor que há no futebol nacional. Este sexteto, acompanhado de Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma, para dar apenas dois bons e grandes exemplos, curiosamente ambos produto da escola leonina, vai permitir-nos, seguramente, altos voos no futuro e por vários anos. Além dos “putos maravilha”, merecem destaque mais 3 jogadores – Ricardo, que fez uma época fantástica; Polga, quase intransponível; e Liedson, cuja eficácia não se discute.Ou muito me engano ou este Domingo os jogadores do Sporting vão disputar a final da Taça de Portugal com uma vontade acrescida de vencer e, assim, “vingar” a conquista do 19.º título do qual foram afastados por um clamoroso erro de arbitragem e por um colega de profissão que naquele lance se revelou ser desleal.
Pedro Guerra
Etiquetas: Futebol, O meu Sporting
3 Comments:
como é que é, como é que é, finalmente leio a melhor crítica sobre um campeonato?
ó gonçalves, julgava-te mais inteligente.
não se justifica.
Desculpa Diniz, é sobre o campeonato, este campeonato, o de 2006/2007. Obrigado pela chamada de atenção.
Sans rancune
este joão ferreira é um malandro. foi o único árbitro que errou em jogos do sporting. minto, também o do jogo com o leiria errou. àparte desses, ninguém mais errou. muito menos a favor do sporting.
estes árbtros são realmente uns sacanas.
oh diabo, estou agora a recordar-me. como é que foi obtida a primeira vitória do paulo bento? terá sido com um golo do sporting que afinal não foi? nahhhh, seguramente não foi. ahhh mas esse já foi de outro campeonato. pronto, pronto, então assim tudo bem.
realmente aqueles tipos lá do porto são uns malandros. foram logo jogar com o melhor orçamento. assim, também eu. com jogadores mais caros também eu. malandros este portistas.
Enviar um comentário
<< Home