Estamos na merda

Ouvi há dias o presidente do psd (a quem eu carinhosamente chamo de porta-chaves) dizer que o primeiro ministro iria acabar no pântano da ota. Não me parece, o sr primeiro ministro já demonstrou toda a sua inflexibilidade (á qual eu carinhosamente chamo de teimosia, o zézinho é teimosinho, é). Não, não me parece que falte dinheiro para a ota, há lá uma serra? deita-se abaixo. É preciso gastar dinheiro na estacaria de cimento, ó meu caro dinheiro não faltará. Afinal a crise é que está de tanga, não é o país. Parece que já se encontrou um bode "respiratório".

Este fim-de-semana aumentaram as taxas moderadoras da saúde, paga tuga que te lixas. Ora numa fantástica manobra de distracção os portugueses foram avisados que os medicamentos, a que a comunicação social chama estupidamente de remédios, ficariam mais baratos a partir do mesmo fim-de-semana. E eu que sei do que falo, digo que é mentira, mentira mas das grandes. O ministério da saúde decidiu baixar 6% no preço de venda ao público dos medicamentos sujeitos a receita médica obrigatória, a partir do dia 1 de Fevereiro, decidindo ao mesmo tempo aumentar a comparticipação dos utentes, ou seja, diminuir a comparticipação do estado. Parece engenharia mas não é. Como toda a gente sabe o tuga, que tá teso, não compra medicamentos sem receita médica (sem desconto/comparticipação), por isso, quando chegou ás farmácias a partir do dia 1 de Fevereiro, começou a reparar que alguém tinha omitido qualquer coisa na informação (a que eu carinhosamente chamo de desinformação). Neste período, 1 de Fevereiro a 31 de Março, os armazenistas, que fornecem as farmácias, podiam escoar os stocks com os preços mais elevados, a partir do dia 1 de Abril, só podem fornecer medicamentos com o novo preço. Ok? Muito antes disto já os preço estavam actualizados. Hoje, depois do serão a trabalhar, ouço na sic notícias que é intenção do sr ministro da saúde autorizar a venda dos medicamentos de receita médica obrigatória nas grandes superfícies. Não estará o sr ministro a romper o acordo que fez com as farmácias deste país? É o lobby, alguém me explica o que é um lobby? O lobby apalpa-se, tem côr ou cheiro? Na notícia seguinte, vejo uma concentração de ferraris em Sintra, em 2006 venderam-se 20 em portugal. Será tudo isto mais uma manobra de diversão para os portugueses não pensarem que se calhar temos um primeiro ministro sem diploma, ao estilo dos ministros sem pasta do pós 25 de abril? Serão os serviços de urgências deste país um lobby? Aproveito para enaltecer a maneira educada, disciplinada e ordeira da manifestação dos utentes no Minho. Não se partiu uma montra, não se virou um contentor, não se estragou um carro.

Afinal o povo é mesmo sereno, apesar de termos uns governantes de merda,