8 de maio de 1999

Faz hoje oito anos que pela primeira vez deixei a minha filha com cinco meses e meio em casa da minha irmã para ir dar os parabéns e comer uns camarões no final do casamento* de um Amigo. Este Amigo obrigatoriamente escreve-se mesmo assim, com A maiúsculo. Foi uma sensação estranha deixar a "piquena", ainda por cima no dia em que se estreou a comer carne misturada na sopa. Foi bonita a noite com a miúda a torcer-se com cólicas e bufas. Não foi realmente fácil. Se calhar tem a ver com os nossos princípios ou forma de estar na vida, sempre diferente dos estrangeiros. Não querendo condenar ninguém, como diz o Diniz, não se pode concordar de maneira nenhuma com aquele tipo de atitudes.

Oito anos depois, ainda não consigo deixar os putos correrem à minha frente na rua, nos centros comerciais, etc. Por enquanto andam quase de trela, lá chegará a altura de andarem sozinhos pelas ruas da cidade a caminho das escolas.

* Muitos parabéns ao tio Lança e à tia Dulce.