Friends

Cada vez me custa mais compreender o afastamento de amizades que sem saber nem como nem porquê, pura e simplesmente se perdeu o contacto. Aliás, não me custa compreender, custa-me aceitar, custa-me e muito. Compreendo pela simples razão de as nossas vidas terem tomado rumos completamente diferentes. Uns continuam a viver na velha Lisboa, outros mudaram-se para a periferia e no meu caso, olha, pirei-me para mais longe. Não aceito porque não e pronto. Hoje deixem-me ser teimoso, quer dizer, um bocadinho mais teimoso.

De vez em quando, dá uma saudade do caneco e isso é que me deixa fulo, melhor, de cabelos em pé.

Ultimamente tenho dado por mim, com uma certa frequência a perguntar, o que será feito de Tomé, o Bruno e Gabriel Cipriano, o Carlos, o Raúl, Maria João, Carla Madeira, Paula Gonçalves, Susana Silva, Sílvia, Ana Sofia, etc.

Não sei se fui eu que criei demasiados anti-corpos ou se eles passaram a vacinar-se regularmente.

De há um ano e meio para cá, quis o destino empurrado por outro grupo de Amigos que voltasse a rever malta com quem não convivia há mais de dez anos. Espectáculo.

Nunca fui de ter um graaande grupo de amigos, não concordo, acho que a amizade vai-se esbatendo e perdendo qualidade. Prefiro vê-los poucas vezes do que atingir o ponto de saturação.

Aos 37 anos, se calhar ao contrário do normal, (sinceramente não sei) o meu grupo de amigos é pequenino mas é humilde e sincero e isso sabe muito bem.

Só uma nota, ó Marques, és um bacano.

Bem vindo pá!